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Durante
muito tempo a KZ reinou absoluta no mundo dos fones híbridos de baixíssimo
custo. Nenhuma outra marca havia alcançado seu nível de popularidade fora das
terras do sol nascente. No brasil, ela se tornara mais do que relativamente
popular, seu nome estava sendo aventado pelos quatro cantos do brasil por
músicos amadores e profissionais como a “marca que traz a mesma qualidade de
som por um preço muito mais baixo”.
Mundo
a fora o quadro não é muito diferente, apesar disso, não tardou muito para que
diversas outras marcas chinesas também emergissem do submundo do TAOBAO e se
impusessem como nomes também reconhecidos pela comunidade de chi-fi. TRN,
BQEYZ, SENFER, REVONEXT, são só alguns dos nomes mais comuns.
Os
fones híbridos de múltiplas armaduras balanceadas foram o carro chefe da KZ
durante algum tempo, desde o ZS6, no entanto, surgiram algumas iterações que
atrapalharam seu estado de concorrência imperfeita. As marcas passaram a
disputar o dinheiro do fã de fones chineses de baixo custo de forma acirrada. A
sensação geral era de que a KZ havia ficado um pouco para trás, uma vez que o
seu carro chefe (ZS6) dividia opiniões de forma radical por conta de agudos
muitíssimo ativos.
Com
o ZS10pro e ZS7, lançados logo após a KZ se aventurar com fones munidos unicamente
de armaduras balanceadas (AS10, AS06), a marca chinesa parece querer se
recuperar de seu déficit no mercado dos híbridos. Será que consegue?
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ZS7 com o cabo de meu Ikko OH1, não é que combinou? |
DISCLAIMER:
Esse
fone me foi enviado pela AK AUDIO STORE pelo preço reduzido de 10$ a fim desse
review. As opiniões aqui expressadas são inteiramente minhas e isentas de influência
externa. De qualquer forma, te convido a ser crítico e também a procurar outras
análises para formar melhor sua opinião.
- Link do produto: KZ ZS7 - AK
- Loja: AK AUDIO STORE
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Imagem kibada de primeaudio.com |
A KZ atualmente adota dois modelos
de embalagem que parecem separar sua linha de produtos e forma com que ela os
organiza. O ZS7 é protegido por uma caixa retangular de papelão preto com a
abertura no estilo de um livro, preenchida de espuma e acompanhada por uma
plaqueta de espuma e metal – Bastante inútil if you ask me. Essa parece ser a
versão premium das embalagens da KZ e é a embalagem que acompanha o ZS7. Outros
modelos como o ZSN e até mesmo ZS10pro, chegam em uma embalagem branca muito
mais simples. Curioso. Ao abrir a embalagem você logo se vê diante do ZS7,
suspendendo o inserção de espuma revelam-se os outros conteúdos.
Na caixa do
ZS7 você encontra.
- - Cabo 2 pin de 00.78mm
- - Três pares de ponteiras tipo “starline”.
- - Literatura e comprovante do controle de qualidade
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Pacote que você recebe em casa. Foto por: Loja Music Arrival |
DESIGN,
CONSTRUÇÃO
O
ZS7 segue o famigerado design de seus antecessores. Dessa vez com uma
combinação de cores única e de bastante bom gosto, o ZS7 chega com o acabamento
em preto e azul com a configuração dos drivers inscrita em cada unidade. O
corpo do fone tem aberturas que pretendem imitar o design de um fone open-back
mas seus efeitos se resumem a estética. O bocal do fone é terminado em uma
grade de boa qualidade e que não parece criar problemas com higiene ou
entupimento por suor ou qualquer coisa do tipo.
A
construção não deixa qualquer rebarba, tem um peso consideravel e passa uma
clara sensação de robustez na mão. O fone parece ser resistente a algumas
pancadas. O design e construção chama atenção de terceiros, ouvi de um colega
que os fones parecem ter saído de um filme de ficção científica. Pontos para a
Campfire Audio por ter desenhado o Andromeda que a KZ copiou descaradamente. O
encaixe do fone não é problemático, a inserção não é tão profunda quanto um
AS06 mas também não é superficial como um Senfer DT6 ou Tin Audio T2. O peso do
fone não chega a incomodar no ouvido e os recortes do metal do fone não
atrapalham a ergonomia tanto quanto aparentam.
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Os
cabos são removíveis, o que é com certeza um ponto positivo, mas eles também são
uma espécie de decepção, e aqui reside a minha única crítica ao fone. Se têm
uma coisa que eu odeio nessa vida, são Earhooks moldáveis, e é exatamente esse
tipo de Earhook que acompanha o ZS7. Sabe aquela peça que molda o fio a passar
por detrás do ouvido? Essas são as earhooks. Existem a pré-formadas que tem um
formato fixo e maleável, que pressiona levemente por detrás do ouvido e mantem
o fone seguro. Elas também são melhores para se guardar o cabo e o fone. A KZ
têm aplicado esse modelo no AS06, AS10, ZSN, ZSNpro, ZS10 pro e outros. O ZS7
infelizmente acompanha uma earhook com um arame interno que é moldável ao gosto
do usuário. Eu considero esse modelo menos ergonômico, podendo até atrapalhar o
encaixe em alguns casos. Não é o fim do mundo, mas é uma pena. O fio do cabo é
regular, segue o mesmo padrão de fiação que o AS06, ZS10 e ZS10 pro, o cabo é
flexível, tem conector em formato de L e é bastante resistente. Eu considero o
cabo do ZSN, que é consideravelmente mais barato, muito superior a esse. Ponto
negativo para a KZ. Felizmente o cabo é removível, os conectores são de ótima
qualidade. O ZS7 aceita cabos com a terminação 2pin de 00.78mm, cabos de
00.75mm ficam folgados.
SOM E
CONFIGURAÇÃO
A
KZ não só mudou o design do ZS7 com relação ao ZS6, mas também seu arranjo
interno. Agora são 1 driver dinâmico acompanhado de 4 armaduras balanceadas,
mesmo arranjo do ZS10 e ZS10pro. Para fazer o trabalho de separar as
frequências em cada alto falante o ZS7 conta com uma placa de crossover. O fone
é constituído de um driver de 10mm para os graves, uma armadura de modelo 29689
para os médios, uma 31005 para os médios-agudos, e duas 30095 para os agudos.
O
resultado dessa iteração na capsula de metal é um som articulado, divertido,
cheio e que não me decepciona. O ZS7 se apresentou desde o início como um fone
coerente, cheio e divertido. Essas são as suas palavras chave. Seu preço está
girando em torno de 35$~40$ e o desempenho geral me parece muito mais do que
adequado.
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Charmoso |
O
ZS7 aposta em sua espacialidade, profundidade e chão para animar o ouvinte. Os elementos
do som se dispersam bem pelo palco sonoro mais do que generoso, que é
característico dos KZ. O som tem uma profundidade destacada, que se complementa
perfeitamente pelo “chão” muito físico que a apresentação traz. O ZS7 é dinâmico
e ávido por atividade e sensação física. A combinação do palco sonoro com o
grave muito competente e dinâmico é o que caracteriza esse fone de forma bem
demarcada. O som tem uma marca bassy, articulada, espacial... e especial, rs.
Sua
assinatura sonora é entre um V e um U shape, com a extremidade dos graves com
excelente extensão, e os agudos com um roll-off gentil e suave. O som começa no
subgrave com extrema vitalidade, os graves continuam desenvoltos até chegar aos
médio-graves, ainda levantados em um caimento que alcança os médios com alguma
coloração nas vozes masculinas. Os graves são levantados até chegar aos médios,
não há bass-bleed significativo, o driver dinâmico tem velocidade adequada e boa
capacidade técnica para um KZ. Mesmo com alta presença no som, o fone permanece
articulado, sem artefatos ou vazamento para os médios na maioria das músicas.
Há sim, casos onde isso acontece e o som perde em controle e definição, mas
isso é de certa forma esperado, e ocorre pontualmente, em casos de estresse. Os
graves deixam o som com um aspecto bem warm, musical, e marcam bem a assinatura
do fone. São eles que conferem toda dinâmica e aspecto físico do som que tornam
o ZS7 tão viciante. Todo esse lado positivo tem uma consequência, que é o fato
da apresentação poder soar mais “suja” pelos graves em algumas passagens.
Os
médios têm bom timbre e resolução, a parte mais grave da sessão dos médios é
levantada pelos graves, e a parte mais aguda é levantada pela curva que se
levanta até chegar aos médios-agudos. Isso ocorre sem que as vozes ou os
instrumentos se descaracterizem de forma explicita, os médios são recuados no
mix tanto pelo balanço tonal quanto pela espacialidade, mas ainda preservam uma
ótima capacidade de renderizar os detalhes e emoções nas vozes, guitarras, e instrumentos
de forma geral. É um dos melhores médios que ouvi em fones chineses híbridos
abaixo de 50$, perdendo talvez somente pata o BQEYZ KB1, que tem graves mais
limpos, contidos, e que deixam o caminho mais livre para os médios brilharem
mais.
Não
percebo nenhum sinal de sibilância com o ZS7 e também não vi esse problema ser
levantado por ninguém. Os médio-agudos são destacados, resultando na parte alta
da segunda ponta do V, que é seguida de um roll-ff progressivo nos agudos. Eu
estou acostumado com assinaturas agressivas nos médios agudos e o ZS7 está
muito longe de me causar qualquer problema ou se caracterizar como um caso que
eu julgaria digno de aviso. Essa parte da assinatura é responsável por dar o
tempero, o gostinho, nos detalhes da música, no ZS7 essa parte se complementa
muito bem com os graves levantados e fecha o pacote do som divertido do IEM. Os
agudos que se seguem são bons, não são a última palavra em coerência e
definição como um Tin Audio T2 mas isso é algo muito difícil de se encontrar
até mesmo em fones mais caros. Os agudos estão um pouquinho atrás dos médio agudos
como é de se esperar. Os pratos de bateria aparecem bem na mix, sem soar nem
ríspidos nem apagados. São um dos agudos mais controlados e conservadores da
KZ, com um ataque, caimento e definição adequados.
COMPARAÇÔES
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Face off |
KZ ZS7 x KZ ZSN
O ZS7 tem
significativamente mais presença nos subgraves, os médio-graves são também mais
acentuados. Os médios nos dois fones são igualmente recuados, a parte mais
grave dos médios tem mais peso na apresentação do ZS7, o que o torna
relativamente mais quente. Os agudos nos dois fones são bem parecidos em termos
de detalhes, ataque e caimento, com um tiquinho a mais de textura no ZS7.
Entranto, o ZS7 por ter mais peso no som deixa os agudos um pouco mais atrás na
apresentação. O ZS7 é um fone significativamente mais quente, dinâmico, e vivo
do que o ZSN, que de maneira geral, tem um som mais leve e menos articulado. O
balanço tonal do ZSN até chega a soar mais neutro, mas o melhor fone para os
meus ouvidos, com boa vantagem, é o ZS7.
KZ ZS7 x
AS06
O KZ AS06 é
mais ergonômico, tendo simultaneamente melhor cabo isolamento do que o ZS7. Os
graves do KZ AS06 têm menos extensão, com menos força e competência nos
subgraves. O foco do AS06 fica centrado nos médio-graves, onde os dois fones
partilham um bom desempenho, sendo o ZS7 o mais controlado. Os médios do ZS7
soam mais naturais e com menos tendência a sibilância, por uma pequena margem.
Os agudos no AS06 são ligeiramente mais à frente do que no ZS7, onde soam um
pouco apagados. No geral o ZS7 oferece um desempenho melhor, perdendo no design
e usabilidade. O ZS7 tem um palco sonoro mais amplo e dinâmico do que o AS06,
que é consideravelmente fechado.
KZ ZS7 x
BQEYZ KB1
O BQEYZ KB1
é um fone que partilha semelhanças e diferenças bem marcantes com relação ao
ZS7. Eu o considero um dos melhores chineses híbridos abaixo de 50$ que já pude
ouvir, deixando o TRN v80 e Revonext QT2 para trás. O ZS7 tem o grave
consideravelmente mais presente, com maior impacto e arrasto. Os médios e médio
agudos tem um perfil parecido nos dois fones. O foco fica nos médios agudos
para dar brilho as vozes, sem chegar a sibilância nos dois casos. O ZS7 tem
médios agudos mais vivos e mais peso nos graves do que o BQEYZ, é mais em V. O
BQEYZ é mais balanceado nesse aspecto, mas soando um pouco mais brilhante. O
ZS7 agrada os mais ávidos por um som divertido com massiva atividade nos graves
sem que se perca o controle. O BQEYZ vindo da perspectiva do ZS7 soa um pouco
mais magro e menos expansivo, o ZS7 vindo da perspectiva do BQEYZ soa um pouco
mais sujo em algumas músicas e mais dinâmico em outras.
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CONCLUSÃO
De
forma geral o ZS7 é um fone quente que contém energia suficiente na parte de
cima do espectro sonoro para soar ao mesmo tempo energético e divertido, no
meio disso o médio tem presença o suficiente para não serem esmagados e garantem
que o som mantenha uma boa coerência. O palco sonoro é amplo, profundo, com uma
boa capacidade de posicionamento. Resumidamente é um ótimo fone em V, com
capacidade técnica acima da média para a KZ e facilmente o seu melhor fone que
pude oportunidade de pôr nos ouvidos. Os graves são gordos são a cereja do bolo
e eu não teria muitas reservas em classificar esse fone como um excelente fone
para Bassheads. Não tanto pela quantidade de graves, mas pela forma com que os
graves se integram ao som e pela qualidade que o pacote final preserva. O ZS7
soa grande, vivo, físico, articulado e dinâmico, de ponta a ponta. Os contras
podem residir nos dois extremos do V, o grave em alguns momentos pode parecer
grandioso demais e se tornar enfadonho e/ou perder a compostura em passagens
mais complexas. Da mesma forma, os médio-agudos podem soar muito vivos para
alguns, para mim eles estão dentro do padrão dos fones em V, não chegando nem
perto de serem um problema. Com o ZS7, a KZ parece ter mantido seu lugar no
mercado de híbridos, uma boa pedida.
Review: KZ ZS7 - É grave que você quer?
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EP10(esq), D4(dir) |
Sabe... A procrastinação é mesmo um problema. Mas felizmente, se serve de
consolo, não é um problema que atinge só a mim. Já faz algum tempo que eu tenho
esses dois fones ilustrados acima e só agora estou escrevendo sobre eles. Eles me foram enviados
pela ótima NICEHCK com a finalidade de fazer uma análise já faz um tempinho.
Se trata do EZaudio D4, e do proprietário NICEHCK EP10. O motivo que me
impulsionou a analisar esses dois fones está no design. Daí surge o
questionamento, que design? Afinal de contas os dois fones são em formato
padrão, simples.
Não sei como traduzir direito esse formato padrão, em inglês já vi
algumas pessoas se referindo a esses IEM’s como “bullet type IEMs”, uma pesquisa na internet usando esses termos não retorna muitos resultados apesar de tudo. Os fones em formato
“bullet” seriam esses de inserção simples, onde o ouvinte não precisa passar o
fio por cima do ouvido. São exemplos, Hifiman re-400, KZ ED9, Moondrop
Crescent, Soundmagic e10, Urbanfun HIFI.
Exemplo |
Acontece que nem todo usuario gosta dos fones de design over-ear (principalmente
quem está se iniciando no hobby), apesar disso, é o formato que se popularizou
mais recentemente. O formato over-ear se tornou dominante mesmo no portfólio de
marcas como KZ, TRN, BQYEZ, SENFER, etc. Não raramente as pessoas acham
complicado de se usar ou tem medo do encaixe. Se você ainda não se ligou no que é um fone over-ear, simplemente imagine um KZ ZST.
Além do formato não over ear, esses dois modelos que recebi também são modelos muito baratos, o que os tornam particularmente atrativos. O EZaudio D4 pode ser encontrado por menos de 10 e já o vi em
promoções por praticamente 7$!. O EP10, de construção mais robusta já foi
encontrado por cerca de 11 e hoje está sendo vendido por 15$.
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Graficos do colega Hobbista "Otto motor", que dirige o blog Audioreviews.org. Todos os creditos a ele. |
Esse gráfico veio bem a calhar e ilustra bem a caraterística tonal dos dois fones quando defrontados. O nicehck EP10 tem uma curva convidativa, se eu não o tivesse ouvido apostaria em um fone bem balanceado, quente, eufônico. Com um low treble com uma transição bem feita. De certa forma ele não foge muito dessas características; é um fone em U, os médios são recuados mas não absurdamente. A transição graves-medios-agudos é um pouco mais smooth do que um KZ ZST por exemplo. No entanto apesar do balanço tonal convidativo, o fone sofre pela qualidade dos graves, eles são excessivamente lentos e com algum "vazamento" de mid-bass para a área dos médios. O que isso quer dizer?

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Imagem do Audioreviews.org |
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Seleção de Eartips. |
De forma bem resumida e leiga, o som que nós ouvimos tem um ataque, uma duração, e um caimento. Todo driver é caracterizado pelo seu ritmo, a velocidade em que ele faz cada uma dessas etapas. Vamos simplificar dessa forma, um grave rápido, é um grave que dá atenção suficiente aos detalhes, a textura, a dinâmica do som. Um grave excessivamente lento vai fazer com que os detalhes na região grave se percam, é como se a musica perdesse ritmo, imagine assim: enquanto o driver era pra estar voltando, ele ainda está indo, rsrs. Como resultado disso o som se "embola", perde clareza, você só sente uma massa meio indefinida, meio sem forma. É o que acontece nesse fone, e é o que me impede de recomenda-lo. Muita gente gosta dele, existem varios reviews positivos em inglês, mas eu simplesmente não gosto. Ouvindo o blues "God moves on the water", o EP10 perde o ritmo, o baixo perde definição e a parte grave da música perde forma, resultando em uma apresentação meio pobre, a mesma coisa acontece com em "happines is warm gun" dos Beatles, onde o baixo de Paul Mccartney perde a virtude. Isso tendo referência um fone de mesmo preço, por volta de 15$, como o KZ ZSN.

Comparativamente, os médios do EP10 soam um pouco mais sedosos, carregando um pouco mais de corpo do que o KZ ZSN, algumas vozes e guitarras, violões, soam isololadamente um pouco melhor no EP10, mas é só isso. A vantagem rapidamente se desfaz se os graves são exigidos ou uma passagem complexa na música acontece. O ZSN tem agudos mais vivos e dinâmicos, palco sonoro mais amplo e grave muito mais ágil. O EP10 também sofre de outro problema. Para se livrar dos graves obstruindo o som, ponteiras grandes e com abertura grande ajudam, mas daí o sub grave some um pouco, deixando o grave excessivamente centrado no midbass. Dessa forma o grave não só fica bagunçado, como também desbalanceado. Quando você aposta em ponteiras normais, mais fechadas, o grave fica melhor balanceado mas com o problema do congestionamento. O EP10 tem médios um pouco melhores que o KZ ZSN, mas os graves entram para atrapalhar a brincadeira. Os agudos no ZSN são um pouco mais vivos mas não são significativamente superiores. O palco sonoro no ZSN é mais holográfico e arejado. O EP10 é um pouco mais fechado e aconchegante, quando você está ouvindo uma faixa tranquila, acústica, cheia de vocais, pode ser que você ache o EP10 mais cativante. No entanto basta as coisas fiquem mais bagunçadas para que o grave mais ágil e a melhor capacidade de separação e arejamento do ZSN superem o EP10.
O EP10 tem um encaixe super confortável, super ergonômico, vêm com uma boa seleção de eartips, um bom cabo e construção acima da média para o preço. No entanto, eu recomendo esse fone só para quem prioriza corpo e massa em detrimento de definição nos graves. É um fone quente com bom brilho nos agudos e medios ok, relativamente eufônico, que quando não está sendo muito exigido por faixas complexas, toca bem. Então se você ouve hip-hop, R&B, lo-fi, pode ser que te atenda bem. Fato curioso, é que eu tive em minhas mãos um Auglamour F300 de 30$ por um tempo, ele tocava incrivelmente parecido com o Ep10, que custa a metade do preço ou as vezes pouco mais de 1/3.
Há quem goste dessa característica mais lenta dos graves, que pode dar uma sensação mais física,de mais massa ao som junto com os médio graves destacados, eu não curto. Na faixa de preço dele existem outras opções (que não sejam over ear) que talvez possam vestir melhor um ouvinte de rock, metal, e demais gêneros que exigem mais competência dos graves. Por menos de 15$: KZ ED9, KZ EDR2, EZAUDIO D4, Swing ie800, por um pouco mais URBANFUN HIFI, SENFER DT6.
O bom? EZaudio d4.
Se a analógia do NICEHCK EP10 é um SUV pesado, que te garante conforto com bons médios e que balança pra lá e pra cá com pouca agilidade nos graves, o EZaudio D4 é um carro esportivo com alivio de peso e suspensão dura.
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Imagem da internet |
E EZaudio é unico, ao unir um som incrivelmente linear por apenas 9$, as vezes 7$!!!! Ele tenta puxar a apresentação mais na linha de um tin audio T2 do que de um KZ da vida, e custando pouquíssimo, o que o torna uma opção única pra quem não está a procura de graves e agudos matadores para o preço. Para o preço ele é rapido, ágil, por vezes um pouco seco, mas não passa sufoco em musicas complexas como o NICEHCK EP10. Ele não tem o mesmo nível de detalhamento ou o mesmo grau de articulação e dinâmica que o tin audio T2. Mas pelo preço de 9$ é o fone mais linear que você pode encontrar. Algumas pessoas podem o considerar "thin sounding" devido ao low treble destacado e pelos graves lineares. Isso faz com que os detalhes da música tenham um maior destaque, se tornando um fone mais análitico. Na minha opinião o volume dos agudos não chega a ser excessivo, necessitando apenas de algum costume com o fone.
Comparado com o Tin Audio T2, o D4 tem as primeiras notas graves um pouco mais vigorosas e presentes com o porém de soarem um pouco "boomy", menos articuladas. A velocidade dos graves do D4 parece ser adequada e ele vai bem em todas aquelas situações onde o EP10 tem um pouco de dificuldade, os exigentes graves de "get mine - bryson tiller" correm bem aqui e sem deixar a desejar. No ep10 eles soam mais xoxos, soltos, "flabby". Os médios do D4 parecem ser um pouco menos "sedosos" quando você sai dele para o EP10, mas basta voltar para o D4 e perceber que o fone mais barato apesar de ter os medios um pouco mais "finos", preserva mais resolução e desenvoltura com o som um pouco mais ágil e detalhado. O cavaquinho e a voz de seu jorge na versão ao vivo de "tive razão" deixa isso claro. O baixo é menos destacado no D4 do que no EP10, mas é mais ágil e competente, a parte superior da voz de seu jorge tem mais brilho, bem como o cavaquinho soa mais claro. O solo de trompete da mesma música, no entanto, pode soar um pouco estridente, é aqui que está aquela região destacada do low treble que exige um pouquinho de adaptação, nada trágico por 9$.
O D4 é tem graves presentes mas não pronunciados e de certa forma lineares, médios presentes mas sem muita profundiade, e agudos vivos, com o low treble um pouco animado dando ênfase aos detalhes. O som é bem direto e o soundstage não se expande muito, toda informação da música e jogada na sua cara em uma apresentação bem straight to the point. O fato de ser direto não significa mais resolução, no entanto. É mais uma característica da apresentação do que uma grandeza para se medir a resolução.
Comparado com o Tin Audio T2, o D4 tem as primeiras notas graves um pouco mais vigorosas e presentes com o porém de soarem um pouco "boomy", menos articuladas. A velocidade dos graves do D4 parece ser adequada e ele vai bem em todas aquelas situações onde o EP10 tem um pouco de dificuldade, os exigentes graves de "get mine - bryson tiller" correm bem aqui e sem deixar a desejar. No ep10 eles soam mais xoxos, soltos, "flabby". Os médios do D4 parecem ser um pouco menos "sedosos" quando você sai dele para o EP10, mas basta voltar para o D4 e perceber que o fone mais barato apesar de ter os medios um pouco mais "finos", preserva mais resolução e desenvoltura com o som um pouco mais ágil e detalhado. O cavaquinho e a voz de seu jorge na versão ao vivo de "tive razão" deixa isso claro. O baixo é menos destacado no D4 do que no EP10, mas é mais ágil e competente, a parte superior da voz de seu jorge tem mais brilho, bem como o cavaquinho soa mais claro. O solo de trompete da mesma música, no entanto, pode soar um pouco estridente, é aqui que está aquela região destacada do low treble que exige um pouquinho de adaptação, nada trágico por 9$.
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Versão rosa do D4 |
O Ezaudio é mais vigoroso que o tin audio t2 só nas primeiras notas do grave. Em todo o resto o T2 tem um grau significativamente maior de articulação. O grave no Ezaudio pode soar "one-noteish", "monotonico" - essa palavra existe? Se comparado ao Tin Audio. No T2 os médios tem mais detalhamento e sedosidade, as vozes são mais macias e as emoções são melhor renderizadas. Os agudos são mais abertos e com extensão melhor, os pratos de bateria são mais energeticos e naturais. O low treble é mais comedido. No entando quando nos referimos ao d4 estamos falando de um fone que é na media 1/4 do preço do outro, ainda sim ele consegue de certa forma mimetizar a ambição de ter um balanço tonal um poquinho mais neutro do que o a média do mercado. A resolução do EZaudio ainda é a resolução de um fone que tem limitações pelo seu preço, não há milagre aqui.
Resumidamente o EZaudio é um fone muito barato e com uma assinatura um tanto quanto ambiciosa para o seu preço, entre o neutro e o claro, ele se aproxima do frio com uma característica de monitores de áudio. O fone entrega muito pelo preço e deve ser muito considerado por quem procura encontrar uma alternativa aos fones em V sem ter que quebrar o cofrinho. Fones como UiiSii HM7 e Rock zircon tem mais ou menos o mesmo preço que ele mas são canhões de graves, o Einsear T2, ainda é em V mas chega mais próximo do EZaudio sendo mais balanceado que os dois primeiros, infelizmente não tenho mais um par deles comigo.
Como o EZaudio D4 e na faixa de preço dele, só tem ele mesmo. Uma boa pedida.
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Espero ter esclarecido alguma coisa sobre esses dois fones, o EP10 é muito anatômico, muito bem construído e pode ser que faça o seu gosto, eu particularmente não recomendaria caso você ouça ritmos exigentes ou congestionados. Acho que o fone tem uma falha considerável e que talvez seja inteligente procurar outras opções, mas já o coloquei lado a lado com o auglamour F300 de 30$ e o EP10 soou incrivelmente parecido. Muita gente elogia o Auglamour lá fora e eu também não recomendo ele pelos mesmos motivos do EP10. Considere minha opinião como uma das variadas que existem por aí. O ED4 faz bastante o meu gosto e é recomendação certeira para quem quer uma alternativa aos fones com forte ênfase nos graves, por 10$ não há alternativas á esse caráter que eu conheça. Pelos sazonais 7$ ele é ainda mais impressionante e talvez valha a pena só pela curiosidade e pra ter um reserva ou daily beater, presentear amigos, etc.
Até a próxima.
EZAUDIO D4: Aqui
NICEHCK EP10: Aqui
Review - Ezaudio D4 e NICEHCK EP10 - O bom e o mau?
Já tenho esse lançamento a algum tempinho e vou deixar aqui uma palavrinha sobre ele junto com um cupom de desconto. Não pretendo me estender muito(nota do revisor: LOL). Confira as instruções para o desconto no final do post.
DISCLAIMER:
Esse fone me foi
enviado pela Linsoul Audio, que é distribuidora oficial da Tin Audio e que
oferece 10$ de desconto para quem comprar o T3 com eles na loja do Aliexpress.
As opiniões aqui expressadas são inteiramente minhas, mas de qualquer forma, te
convido a ser crítico e procurar outras análises para formar melhor sua opinião.
- Linsoul: https://www.linsoul.com/
- Linsoul na Amazon: https://www.amazon.com/s?k=Linsoul&ref=bl_dp_s_web_0
- Linsoul no Aliexpress: https://bit.ly/2IzBc0I
Esse é meu video de review do fone, o texto aqui encontrado é mais tecnico e detalhado sobre os aspectos do som mas lá você consegue ver imagens do unboxing.
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PREÂMBULO
Antes de qualquer
coisa, qualquer descrição, elogio, ou superlativo relacionados a qualidade do
fone, dizem respeito a faixa de preço que ele está colocado e a seus pares! Não
se trata de pensar que é o melhor fone do mundo, batedor de fones 38x o preço
dele, ou outras generalidades que se leem por aí. Feitas essas ressalvas, é
PRECISO dizer: o t3 é foda! É muito bom!
A Tin Audio - hoje em
dia sobre o nome "tin hifi”, ganhou destaque muito rapidamente no fóruns
de fones chineses de baixo custo ao apresentar aquilo que até outrora era quase
inédito no universo chi-fi: Uma apresentação neutra, comedida, que não fosse
colorida para o lado quente do espectro, ou cheia de pico nos graves e nos
agudos. Colorações que procuram excitar o ouvinte, mas não raramente atrapalham na
reprodução do som.
Apesar de que só por agora começa a ganhar popularidade no Brasil, o T2 foi um fenómeno muito rápido. Ele se destacava por uma apresentação um tanto quanto seca do som, mas não
no sentido negativo, mas sim clara, cheia de detalhamento e com médios muito
mais à frente do que comumente é encontrado nos KZ da vida.
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Imagem da Internet |
O T2 apresentava graves mais claros e detalhados do que o comum, eles se destacavam pelo seu maior refino relativo a seus concorrentes. Mesmo os graves não sendo abundantes e não tendo uma extensão que chegue ao sub grave com vigor. A região dos médios em
geral é muito menos recuada e com um timbre mais próximo da realidade. Os
agudos se destacam sendo bem abertos, sem muitos picos e vales esquisitos, o
que dá mais coerência ao timbre das notas e ao palco sonoro. O som tem um
destaque na parte superior dos médios até o low treble, como é comum nos fones
chineses, mas menos agressivo do que o normal. O palco sonoro é correto, o ar é
renderizado de uma forma bem natural, e para um in ear, considero que o som
parece bem “aberto”, leve, arejado.
O grave era talvez a
parte que mais dividia os corações. O T2 tem um roll-off meio rápido, que faz
com que as notas mais graves tenham menos "gordurinha" do que o
normal, faz com que o fone não apresente o peso suficiente para alguns ritmos
como Hip-Hop ou EDM. Falta impacto nos graves e algum corpo para os médios. O
T2 de modo geral tem uma apresentação que gira em torno do neutro-análitico,
que para alguns serve para tudo, e para outros – como eu, não é capaz de fazer justiça a todos os gêneros.
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Imagem da internet |
Mesmo com esse porém, o T2 na minha opinião não tinha ou tem concorrentes para um som detalhado, analítico, neutro, em torno dos 30$ que pode ser encontrado. O aspecto único do fone o torna uma recomendação fácil, ainda mais para que procura uma abordagem mais madura do que os fones V-shaped. Ainda existe o pesar, no entanto, de ele pecar na sessão dos graves, o que impede que ele seja um All Arounder definitivo.
- OK OK, muito bonito,
muito legal, MAS E A CARALHA DO T3 QUE VC N FALOU ATÉ AGR?????
Finalmente chegamos a
parte em que falaremos sobre ele. Acontece que é difícil descrevê-lo sem ter a
sombra do seu antecessor por perto. Tanto no sentido de descrever as suas
características sonoras, quanto no sentido de avaliar o custo benefício do mais
caro e sonoramente superior, T3, que inclusive tenha talvez entre seus grandes
concorrentes, o seu mais modesto antecessor.
Imagem da Internet. |
ASPECTO FÍSICO
A primeira diferença
que deve ser notada é o aspecto físico, apesar do formato da shell e
consequentemente o encaixe ser praticamente o mesmo, o T3 tem alguma diferença
estética com relação ao T2. A parte traseira-lateral do fone tem uma
protuberância que confere ao IEM um aspecto mais robusto e industrial. Confesso
que por fotos eu achei menos elegante, o T2 me parecia mais refinado. Ao vivo,
fico com dificuldade de dizer qual é o mais bonito. Tenho certeza, no entanto,
que o T3 somado ao conector MMCX do novo cabo, que se acopla perfeitamente ao
seu design, tem um feeling mais robusto e premium. É aqui que as coisas ficam
mais interessantes, pois o cabo do T3 é infinitamente superior ao cabo do T2. Tanto na sensação de durabilidade, quanto no senso estético e na
praticidade. Ele enrola menos, é mais bonito, mais robusto. As earhooks pré-moldadas
que passam por cima do ouvido ajudam o fone a ficar mais estável e ao
usuário conseguir um fit mais profundo e seguro. Ponto positivo para a Tin Hifi. Dica –
Você consegue comprar um cabo muito parecido com esse por 8$ se procurar por
“TRN 16core cable” no aliexpress.
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Imagem da Internet |
A caixa do fone é um pouco maior e os pares de ponteiras são mais variados no T3 do que no T2. Tudo isso você pode conferir no meu vídeo de análise. São dois Kits de ponteiras de silicone e dois pares de ponteiras de espuma. Eu particularmente penso que se a Tin HIFI mantivesse uma caixa menos luxuosa(poderia ser a antiga) e incluísse uma case para carregar o fone, seria mais vantajoso.
Pulando tudo isso e indo ao principal ponto, que é o som, eu devo ser breve em dizer que gostei
muito desse fone, e que na minha opinião, ele vale os 60-70$ que hoje são cobrados nele. 70 dólares, no entanto, é meio que uma esticada e seria o máximo que
eu aceitaria pagar, o custo benefício a esse preço ainda é muito bom, mas não é coisa
de outro mundo. Não raramente você encontra ele por 60$, que, aí sim, considero
um valor bem justo e um CxB muito bom. Você o encontra por esse preço tanto com
cupons de desconto, quanto em promoções sazonais de diversas lojas, é só abrir
o olho.
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Imagem da Internet |
Se o T3 seguir a tendência do T2, preços mais baixos devem ser mais recorrentes no futuro, mas é algo que não deixa de ser incerto.
SOM
O T3 pega o som do T2 e o transforma em um som maior, mais grandioso, e mais articulado. É basicamente isso. Quando digo maior, não estou me referindo ao palco sonoro, mas sim ao aspecto geral em que o som é apresentado, mais vivo, mais claro. A tonalidade e o timbre geral das notas é mais ou menos a mesmo que o antecessor, em torno do neutro-frio. No entanto o som é mais articulado e vivo em todas as áreas, sendo mais perceptível essa diferença nos agudos e nos graves do que nos médios. É como se fosse a mesma assinatura, mas mais dinâmica e viva.
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Creditos: Crinacle |
GRAVES
A região dos graves é
onde a diferença é mais perceptível, o que na verdade me causou espanto, dado
que alguns gráficos de frequência apontam para um volume relativamente parecido com o T2 na área. Assim que coloquei o fone no ouvido fiquei impressionado, minha
impressão contrastou imediatamente com a de outros reviewers que não apontaram
grandes diferenças na área. O subgrave que era praticamente inexistente no T2
aparece aqui com muito mais vigor e transparência. The Hills do The Weeknd é marcada um subgrave forte, que fica descaracterizado no T2, ele é
xoxo, não reverbera. É como se o impacto não tivesse uma consequência – que
deveria ser o caimento da nota. No T3 a nota do subgrave é perfeitamente
audível, com fluidez e dinâmica satisfatória. As notas médio grave parecem um
tiquinho mais presentes mas não o suficiente para tornar o fone em um fone quente ou
alterar significativamente o timbre das notas com relação ao T2.
MÉDIOS
Os médios continuam
tendo um ótimo nível de transparência, é entre ele e os agudos, e entre eles e
os graves que a mágica acontece. O T3 ainda tem aquela assinatura que muita
gente gosta de chamar de “asiática”, onde a transição dos médios ao low treble
ganha destaque, em uma tentativa de aumentar os detalhes e dar ênfase nas vozes
femininas, guitarras. No entanto a armadura balanceada da Knowles é mais
competente que o driver dinâmico do T2 e essa região é um pouco melhor
articulada, conferindo ao T3 menos granulação que seu antecessor.
O grave mais
competente confere mais vida as notas que residem entre o grave e os médios, o corpo que
faltava no T2 se faz mais perceptivo. Isso faz com que alguns sons, como, violão e baixo acústico soem
mais naturais. O T3 consegue imprimir uma sensação de drama e romance muito
mais competentemente que o T3. Sabe aquele crescendo dramático da sua trilha
sonora, regada a graves, sintetizadores, vozes, etc? É no T3 que ela vai soar
melhor. Graças a melhor articulação dos graves e dos médios.
AGUDOS
O T2 tem entre suas
grandes qualidades, um agudo muito bem estendido, que junto a falta de peso nas
notas, confere ao som uma sensação muito leve, aberta, arejada. Apesar de em
alguns gráficos, os agudos do T3 aparentarem ser menos estendidos – e meus ouvidos também ouvem isso, apesar de não saber se é por indução ou por um fato. Eu não considero
essa parte um downgrade no T3. O som não é prejudicado, continua muito aberto, arejado, e com o benefício de ter mais articulação também nessa área. Take five
do quarteto Jazzístico de Dave Brubeck tem entre suas percussões e os pratos de
bateria a sintonia perfeita, tudo soa onde deve soar, com os pratos de bateria
tendo o ataque e caimento correto. Sem perda de brilho nenhuma. O mesmo ganho de articulação na transição do grave aos médios é observado na transição dos médios aos agudos. Com as ultimas notas do agudos mantendo a coerência e velocidade correta. Seria possível dizer que existe um pouco de "glaring", ou perda de definição devido a dificuldade de uma só armadura balanceada lidar com isso tudo. Mas nessa faixa de preço isso é de certa forma esperado, e mais comúm.
CONCLUSÃO
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Imagem da internet, credito: RTINGS |
Eu falei que não ia me
estender, e me estendi... tudo que eu penso sobre o T3 está aí em cima.
De forma geral, o T3 é
uma evolução conservadora e de muito bom gosto sobre o T2. É um daqueles casos
onde menos é mais, onde em time que se ganha não se mexe. Nesse caso, o
fundamento tático, as peças chave do time, continuaram as mesmas, só que com uma zaga mais forte,
confiável, e com um ataque mais dinâmico. Essas alterações permitem que o meio
de campo tenha mais segurança e liberdade para poder criar o jogo. O resultado final, é que essas mudanças pontuais transformam aquele time em algo completamente diferente, e novo.
O T3 é melhor que o
T2, ponto final. No entanto, quando é possível encontrar o T2 por preços da
ordem de 30$ em promoções, a questão fica mais relativa, e o bicho pega. O T2 a
30$ preserva uma relação custo benefício que na minha opinião só é alcanãda pelo T3 quando ele esta gravitando em torno de 60$ pra menos. Veja, eu não
tenho dúvidas que o T3 é melhor em todas as áreas e um Cxb muito bom a 60-70$,
a questão é que é menos CxB que o T2 em termos proporcionais.
Mas isso é mais por
que o T2 é insano pelo preço, do que por qualquer demérito do T3. Pode ser por
exemplo, que o T3, sendo mais competente e universal que o T2, valha a pena pra
você mesmo no preço mais caro, e o T2 não valha nem 40, 30, 20, 10$. Por que
ele poderia pecar no grave e ser uma falha crítica para você, tudo é
relativo...
Também penso que esse
é um fenômeno universal, se trata da lei dos dimishing returns, onde quanto mais caro você chega no mercado,
menos significativas são as diferenças de incremento em qualidade. Resumindo, no meu ponto de vista o T3 vale o que custa, mas com um custo beneficio um pouco menor que o T2. Isso faz com que eu prefira o T2 ao T3? Hmm... Não.
DESCONTO
Para conseguir comprar
o seu T3 por 59$ na linsoul, basta ir até a loja deles no ALI: https://bit.ly/2UUgOxT.
Realizar o pedido e NÃO fazer o pagamento, daí você manda mensagem para a loja
solicitando o desconto e mencionando meu canal no YT, audiolosofia, ou meu
nome, Paulo Roberto. A loja deverá
realizar o acerto no preço e você pode levar seu t3 lindo, serelepe e pimpão.
-
Por enquanto é só isso
aqui mesmo, e tchau!
Review - Análise - Tin Audio T3 - Quando menos é mais!
ANALISE KZ ZSN - COMPARATIVO COM ZST

Olá, conhece a KZ? provavelmente. Se trata da mais famosa fabricante de fones chineses "budget", ou, segmento de entrada. O Kz ZST é um de seus modelos mais populares aqui no Brasil e nesse video faço uma apresentação de seu sucessor natural, o ZSN. Na conclusão do vídeo eu dou uma comparada nos dois, confira.
Gostou ? Você pode comprar esse fone com desconto na NiceHCK, eu não ganho nada com isso.
Do preço original de 18$ e 20$, com e sem microfone, você pagara 15 e 16,5$,
Para isso basta realizar o pedido, MAS NÃO PAGAR NEM GERAR BOLETO, é só voltar para trás na janela, dai você manda mensagem para o vendedor pedindo desconto do canal AUDIOLOSOFIA, "Please, give me AUDIOLOSOFIA discount". E o vendedor ira alterar o preço em um dia provavelmente. Daí é só completar o pedido
Deixei seu elogio ou crítica nos comentários. Abraço.
Review (video) - KZ ZSN, O KZ ZST MELHORADO!
Olá, bem vindo ao Review / análise do Tenhz P4 pro.

Eu podia estar matando, roubando, terminando meu projeto de pesquisa que está próximo do deadline, mas não, resolvi escrever um pouquinho sobre uma feliz aquisição que fiz a pouco tempo, O tenhz p4 pro. Então pega um salgado e vamos lá.
QUEM SOU EU(de que lugar falo?): Pouco tempo atrás estava perdido no head-fi achando que era um dos poucos BR's que explorava os fones chineses. Felizmente descobri que não, estava enganado, há uma sólida comunidade brasileira. Pretendo compartilhar um pouquinho de experiencia e para isso até criei um canal no youtube onde faço reviews de fones mais baratos, se inscreva lá caso tenha interesse! https://bit.ly/2GnmKZb
Estou nesse hobby a uns 3 anos e ja testei inúmeros fones abaixo de 50$, dos tipos que tem review no Audiobudget etc. Cansado de mais do mesmo e de sidegrades, resolvi vender vários fones e arriscar dois no segmento de 100$, o tenhz p4 pro e o ótimo BGVP DMG que acabei vendendo ontem. Posso adiantar que não me arrependo nem um pouco desse movimento, exemplos de fones que ouvi e achei o p4 pro um bom upgrade são: Tin audio t2, hifiman re-400, KZ ZS10
Sigamos ao Review pois então. Esse review já fora publicado no Head-fi em uma versão mais prejudicada e com um inglês meio precário, pois comprei esse fone com desconto oferecendo um review ao vendedor. Aqui, irei transcrever e atualizar algumas passagens. Link do review no head-fi: https://bit.ly/2Cke55P
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SPECs
O fone é constituído de 4 Drivers e uma placa de crossover fazendo as divisões das frequências. Um grande driver Knowles 22955 cuida dos graves enquanto outros 3 drivers OEM cuidam dos médios e agudos.
--- Frequency response range: 10 Hz–40 kHz
Sensitivity: 110 dB +/- 2 dB
Impedance: 26 ohms
Connectors: ⅛ in (3.5 mm)
Cable length: 4 ft (1.2 m) ----
A Tenhz é a novo nome daquilo que outrora era conhecido como AUDBOS, se trata de uma split company vinda da MAGAOSI, bem mais conhecida. Esse fone é uma atualização do AUDBOS P4, de acordo com gente que ouviu os dois e tem contato com a marca, o p4 pro supostamente tem um som mais controlado que o audbos p4 sendo menos "cavernoso" e "eufonico". Com um melhor espaçamento nos medios e um tiquinho a menos de grave. Eu consigo imaginar essa "cavernosidade" uma vez que o P4 pro continua sendo um fone bastante eufônico musical e com um palco sonoro íntimo.
OVERVIEW:
O Tenhz p4 pro é um fone divulgado pelo material de divulgação como Fully transparent. Eu posso adiantar que é um ótimo fone, visando uma resposta próxima de neutra na curva de frequencia ele não chega a atingir a neutralidade. No entanto está muito mais próximo de uma curva de referencia do que um V, ou até um mesmo um U mais acentuado. Não chega a ser considerado por mim um fone "fully transparent" Pois na verdade a transição dos médios aos agudos funciona muito bem em perdoar imperfeições, se comparado com meu he4xx, apesar dos médios do Tenhz p4 pro terem ainda mais autoridade que o hifiman, talvez pelo formato físico.
Por 120$, esse fone tem recebido muitos bons reviews por gente mais experiente, o Antdroid no head-fi convocou o Campfire Comet (200$), e o DMG para competir com ele. Outro usuário comparou o com o Brainwavz b400 e considerou os dois em pé de igualdade considerando todo pacote. So far, minha experiencia com ele tem sido ótima e me fez despachar o muitíssimo bem avaliado BGVP DMG para outra pessoa que possa fazer melhor uso de seu competente V. De início pensei em vender o p4 pro, mas definitivamente desisti.
Apesar de tudo fone não é perfeito e para entender isso analisemos por partes.
APRESENTAÇÃO:
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Um boa apresentação já te deixa otimista... |
Aqui é um passeio... Como você pode observar nas fotos, o fone chega em uma belíssima caixa, acompanhado de uma competente seleção de eartips. O ponto alto da experiencia de unboxing é a charmosa case de couro, eu consigo imaginar ela sendo vendida por 10, 15$ no aliexpress... facilmente. Aqui você encontra três pares de silicone e tres pares de espuma.
Logo na parte de baixo da caixa é que vem o único downside da experiencia. Depois de observar as belíssimas Shells dos impecavelmente construídos P4 pro, você da de cara com os decepcionantes cabos.
CONSTRUÇÂO, FIT e CABOS:
Os cabos são transparentes, ao primeiro olhar são até bonitinhos. Mas são uma bela porcaria. São rígidos e dificilmente ficam enrolados quando vc quer, a usabilidade não é boa. Os conectores MMCX quase ficaram agarrados no meu DMG uma vez. Com conectores grandes, a "alcinha" que vai acima do ouvido é rigida e quando usei esse cabo no meu dmg acabou atrapalhando um pouco o isolamento do fone. Enquanto tive o DMG, usei o cabo dele no p4 pro
Se você é daqueles que acredita em cabos mudando a qualidade de som, voce definitivamente precisa de fazer um upgrade, uma vez que a condutibilidade desse cabo é pessima, um usuario no Head-fi aferiu esses dados.
Mesmo que você não acredite em cabos mudando o som, recomento um cabo aftermarket.
Os fones encaixam muito bem no ouvido e em mim isolam absurdamente bem, uso as menores eartips nele e geralmente uso medias ou grandes. They go deeeep e sem prejudicar meu conforto. Fico imaginando quanto mais isolamento um Custom poderia me oferecer... Não consigo imaginar muito.
Sua experiência com certeza vai variar, no entanto.
SOOOOOOOOOM:
Minhas preferências: Minha assinatura perfeita seria de neutra para uma ligeira assinatura em U. Eu gosto de médios corretos e gordos. Uma boa extensão nos agudos pois não tenho problemas com eles. Baixo precisa estar presente, mas não excessivamente. Eu também prefiro a presença de sub-bass com agilidade e bom caimento do que exatamente uma massa que batendo nos meus ouvidos. Em resumo, um leve U ágil e bem aberto.
TONALIDADE:
Tonalmente, para mim, esses fones de ouvido estão muito bem colocados, eles perdem claramente na extensão nos agudos, embora isso possa ser facilmente alcançado com EQ. Eles são neutros com um pequeno bump nos médios que eu gosto muito. Os graves são corretos, ágeis e não tem um grande Roll-off, na verdade eles vão bem fundo, linearmente. Imagine um planar aqui. Se trata de uma assinatura quente com os graves presentes e com médios bem próximos do ouvido. Um palco íntimo e uma experiência no geral bem eufônica. Com um brilho no máximo suficientes para marcar presença, na minha opinião falta um pouco.
GRAVE:
Em um bom ambiente, estes são ambos tonalmente e tecnicamente corretos. Eu tenho um hifiman he4xx, e acho que, sendo graves de armaduras balanceadas você deve imaginar esse grave mais próximo de uma planar do que um dinâmico. Em primeiro lugar, eles são presentes e estendem muito bem, são ágeis com textura bem evidente e caimento rápido. Sobre a quantidade: Eu consigo imaginar gente até querendo fazer um leve cut neles, o que pode oferecer benefícios. Já explico. Os graves não são neutros, estão acima disso. Aqui, reside e o calcanhar de aquiles desses fones. Não sei o que houve na implementação, mas esses drivers parecem estar estressados. Eles não respondem bem a equalização. A distorção é imediata e ao fazer isso o fone emudece outras frequências.
Isso é amenizado pelo fato de que os graves são mais do que suficientes se você está pensando em um som de referência. Corta-los um pouco abre o palco, apesar de que sem eq o som não chega a ser embolado. Talvez eufônico e fechado demais, principalmente se vc tem uma fonte warm, gostaria de ter um hd650 para comparar. Mas enfim, se vc está incomodado pela pressão dos graves e quer um som mais relaxado e aberto, recomendo apesar de não ser necessário.
As vezes faço isso e aumento os agudos, fica perfeito, quase atingindo meu Golden target.
Esses fones gostam de poder, toca-los no meu AMP de mesa melhora esse ponto crítico, aumentar o grave nesse amp (750mw a em 32ohm, OI 30 ohms) faz distorcer bem menos ou quase nada. Penso que eles devem se beneficiar bem de uma saída balanceada... mas não posso testar isso.
MÉDIOS.
É aqui que toda a mágica acontece, a melhor implementação de médios que vi em qualquer fone de ouvido. Ponto. O timbre é correto, apesar de ser uma tonalidade em regra geral, quente. O palco é íntimo e as vozes muito próximas aos ouvidos. A transição médios-agudps é perfeita, longe da sibilância ao mesmo tempo em que as vozes estão muito próximas. Para sibilar nesse fone só se for uma gravação merda mesmo. Você pode ouvir as nuances dos vocais. Às vezes você pode até sentir falta de alguma nuance ou ressonância, pela falta de presença em registros mais altos e ao ter tanto em corpo e espessura nos vocais, ainda assim tudo soa muito natural. Fantástico para gêneros musicais íntimos. Aqui não tenho reservas e sobram elogios.
É aqui que toda a mágica acontece, a melhor implementação de médios que vi em qualquer fone de ouvido. Ponto. O timbre é correto, apesar de ser uma tonalidade em regra geral, quente. O palco é íntimo e as vozes muito próximas aos ouvidos. A transição médios-agudps é perfeita, longe da sibilância ao mesmo tempo em que as vozes estão muito próximas. Para sibilar nesse fone só se for uma gravação merda mesmo. Você pode ouvir as nuances dos vocais. Às vezes você pode até sentir falta de alguma nuance ou ressonância, pela falta de presença em registros mais altos e ao ter tanto em corpo e espessura nos vocais, ainda assim tudo soa muito natural. Fantástico para gêneros musicais íntimos. Aqui não tenho reservas e sobram elogios.
AGUDOS: Apesar da transição de médios para agudos ser absolutamente perfeita para mim. Os agudos se limitam a ser no máximo corretos e bons. No meu gosto não chegam a ser perfeitos mas caso você não goste de agudos, pode ser que goste muito. Caso seus ouvidos sejam mais cansados com a idade, Imagino que também irá sentir um pouco de falta de brilho.
Eu gosto de desfrutar de uma boa extensão a partir de 12khz, pois dá um brilho que eu gosto pessoalmente. Aqui isso falta, o que dá essa característica um pouquinho “cavernosa” do palco. Mais presença nos registros mais altos melhora muito as ressonâncias e percepção de espacialidade. Nunca vi ninguém reclamando disso, então deve ser um gosto pessoal. Tecnicamente, parece ser a área em que os drivers passeiam com maior fluidez. Não percebo nenhuma granulação. Os pratos não são espalhados, a textura dos agudos quando você os levanta um pouco é boa e o caimento correto. Pro meu gosto pessoal, falta um pouquinho de brilho na forma original. Sempre dou uma levantada neles.
“TECNICALIDADES”: O soundstage é mediano e definitivamente é um som "in you head". Este é um efeito dos agudos rolled off, quando você os equaliza, esse efeito se torna bem menor e o palco fica mais tridimensional. A criação de imagens é muito boa, pois não há nenhum som fino, como consequência os recursos de imagem se beneficiam desse encorpamento.
Review / Análise - Tenhz P4 Pro
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