Sample Widget

Lorem integer arcu, nisi! Mus nec est porttitor massa sagittis ultrices porta, tristique. Pulvinar proin enim, tincidunt egestas, est ultrices pulvinar vel parturient ultrices est duis magna placerat
Resultado de imagem para KZ ZS7

Resultado de imagem para KZ ZS7 box

PREÂMBULO

Durante muito tempo a KZ reinou absoluta no mundo dos fones híbridos de baixíssimo custo. Nenhuma outra marca havia alcançado seu nível de popularidade fora das terras do sol nascente. No brasil, ela se tornara mais do que relativamente popular, seu nome estava sendo aventado pelos quatro cantos do brasil por músicos amadores e profissionais como a “marca que traz a mesma qualidade de som por um preço muito mais baixo”.

Mundo a fora o quadro não é muito diferente, apesar disso, não tardou muito para que diversas outras marcas chinesas também emergissem do submundo do TAOBAO e se impusessem como nomes também reconhecidos pela comunidade de chi-fi. TRN, BQEYZ, SENFER, REVONEXT, são só alguns dos nomes mais comuns.

Os fones híbridos de múltiplas armaduras balanceadas foram o carro chefe da KZ durante algum tempo, desde o ZS6, no entanto, surgiram algumas iterações que atrapalharam seu estado de concorrência imperfeita. As marcas passaram a disputar o dinheiro do fã de fones chineses de baixo custo de forma acirrada. A sensação geral era de que a KZ havia ficado um pouco para trás, uma vez que o seu carro chefe (ZS6) dividia opiniões de forma radical por conta de agudos muitíssimo ativos.

Com o ZS10pro e ZS7, lançados logo após a KZ se aventurar com fones munidos unicamente de armaduras balanceadas (AS10, AS06), a marca chinesa parece querer se recuperar de seu déficit no mercado dos híbridos. Será que consegue?

ZS7 com o cabo de meu Ikko OH1, não é que combinou?

DISCLAIMER:

Esse fone me foi enviado pela AK AUDIO STORE pelo preço reduzido de 10$ a fim desse review. As opiniões aqui expressadas são inteiramente minhas e isentas de influência externa. De qualquer forma, te convido a ser crítico e também a procurar outras análises para formar melhor sua opinião.


UNBOXING E CONTEÚDO


Resultado de imagem para KZ ZS7 box
Imagem kibada de primeaudio.com
            A KZ atualmente adota dois modelos de embalagem que parecem separar sua linha de produtos e forma com que ela os organiza. O ZS7 é protegido por uma caixa retangular de papelão preto com a abertura no estilo de um livro, preenchida de espuma e acompanhada por uma plaqueta de espuma e metal – Bastante inútil if you ask me. Essa parece ser a versão premium das embalagens da KZ e é a embalagem que acompanha o ZS7. Outros modelos como o ZSN e até mesmo ZS10pro, chegam em uma embalagem branca muito mais simples. Curioso. Ao abrir a embalagem você logo se vê diante do ZS7, suspendendo o inserção de espuma revelam-se os outros conteúdos.

Na caixa do ZS7 você encontra.
  • - Cabo 2 pin de 00.78mm
  • - Três pares de ponteiras tipo “starline”.
  • - Literatura e comprovante do controle de qualidade
E só.

Resultado de imagem para KZ ZS7 box
Pacote que você recebe em casa.
Foto por: Loja Music Arrival
DESIGN, CONSTRUÇÃO

O ZS7 segue o famigerado design de seus antecessores. Dessa vez com uma combinação de cores única e de bastante bom gosto, o ZS7 chega com o acabamento em preto e azul com a configuração dos drivers inscrita em cada unidade. O corpo do fone tem aberturas que pretendem imitar o design de um fone open-back mas seus efeitos se resumem a estética. O bocal do fone é terminado em uma grade de boa qualidade e que não parece criar problemas com higiene ou entupimento por suor ou qualquer coisa do tipo.

A construção não deixa qualquer rebarba, tem um peso consideravel e passa uma clara sensação de robustez na mão. O fone parece ser resistente a algumas pancadas. O design e construção chama atenção de terceiros, ouvi de um colega que os fones parecem ter saído de um filme de ficção científica. Pontos para a Campfire Audio por ter desenhado o Andromeda que a KZ copiou descaradamente. O encaixe do fone não é problemático, a inserção não é tão profunda quanto um AS06 mas também não é superficial como um Senfer DT6 ou Tin Audio T2. O peso do fone não chega a incomodar no ouvido e os recortes do metal do fone não atrapalham a ergonomia tanto quanto aparentam.

Os cabos são removíveis, o que é com certeza um ponto positivo, mas eles também são uma espécie de decepção, e aqui reside a minha única crítica ao fone. Se têm uma coisa que eu odeio nessa vida, são Earhooks moldáveis, e é exatamente esse tipo de Earhook que acompanha o ZS7. Sabe aquela peça que molda o fio a passar por detrás do ouvido? Essas são as earhooks. Existem a pré-formadas que tem um formato fixo e maleável, que pressiona levemente por detrás do ouvido e mantem o fone seguro. Elas também são melhores para se guardar o cabo e o fone. A KZ têm aplicado esse modelo no AS06, AS10, ZSN, ZSNpro, ZS10 pro e outros. O ZS7 infelizmente acompanha uma earhook com um arame interno que é moldável ao gosto do usuário. Eu considero esse modelo menos ergonômico, podendo até atrapalhar o encaixe em alguns casos. Não é o fim do mundo, mas é uma pena. O fio do cabo é regular, segue o mesmo padrão de fiação que o AS06, ZS10 e ZS10 pro, o cabo é flexível, tem conector em formato de L e é bastante resistente. Eu considero o cabo do ZSN, que é consideravelmente mais barato, muito superior a esse. Ponto negativo para a KZ. Felizmente o cabo é removível, os conectores são de ótima qualidade. O ZS7 aceita cabos com a terminação 2pin de 00.78mm, cabos de 00.75mm ficam folgados.

SOM E CONFIGURAÇÃO

A KZ não só mudou o design do ZS7 com relação ao ZS6, mas também seu arranjo interno. Agora são 1 driver dinâmico acompanhado de 4 armaduras balanceadas, mesmo arranjo do ZS10 e ZS10pro. Para fazer o trabalho de separar as frequências em cada alto falante o ZS7 conta com uma placa de crossover. O fone é constituído de um driver de 10mm para os graves, uma armadura de modelo 29689 para os médios, uma 31005 para os médios-agudos, e duas 30095 para os agudos.

O resultado dessa iteração na capsula de metal é um som articulado, divertido, cheio e que não me decepciona. O ZS7 se apresentou desde o início como um fone coerente, cheio e divertido. Essas são as suas palavras chave. Seu preço está girando em torno de 35$~40$ e o desempenho geral me parece muito mais do que adequado.
Charmoso
O ZS7 aposta em sua espacialidade, profundidade e chão para animar o ouvinte. Os elementos do som se dispersam bem pelo palco sonoro mais do que generoso, que é característico dos KZ. O som tem uma profundidade destacada, que se complementa perfeitamente pelo “chão” muito físico que a apresentação traz. O ZS7 é dinâmico e ávido por atividade e sensação física. A combinação do palco sonoro com o grave muito competente e dinâmico é o que caracteriza esse fone de forma bem demarcada. O som tem uma marca bassy, articulada, espacial... e especial, rs.

Sua assinatura sonora é entre um V e um U shape, com a extremidade dos graves com excelente extensão, e os agudos com um roll-off gentil e suave. O som começa no subgrave com extrema vitalidade, os graves continuam desenvoltos até chegar aos médio-graves, ainda levantados em um caimento que alcança os médios com alguma coloração nas vozes masculinas. Os graves são levantados até chegar aos médios, não há bass-bleed significativo, o driver dinâmico tem velocidade adequada e boa capacidade técnica para um KZ. Mesmo com alta presença no som, o fone permanece articulado, sem artefatos ou vazamento para os médios na maioria das músicas. Há sim, casos onde isso acontece e o som perde em controle e definição, mas isso é de certa forma esperado, e ocorre pontualmente, em casos de estresse. Os graves deixam o som com um aspecto bem warm, musical, e marcam bem a assinatura do fone. São eles que conferem toda dinâmica e aspecto físico do som que tornam o ZS7 tão viciante. Todo esse lado positivo tem uma consequência, que é o fato da apresentação poder soar mais “suja” pelos graves em algumas passagens.

Os médios têm bom timbre e resolução, a parte mais grave da sessão dos médios é levantada pelos graves, e a parte mais aguda é levantada pela curva que se levanta até chegar aos médios-agudos. Isso ocorre sem que as vozes ou os instrumentos se descaracterizem de forma explicita, os médios são recuados no mix tanto pelo balanço tonal quanto pela espacialidade, mas ainda preservam uma ótima capacidade de renderizar os detalhes e emoções nas vozes, guitarras, e instrumentos de forma geral. É um dos melhores médios que ouvi em fones chineses híbridos abaixo de 50$, perdendo talvez somente pata o BQEYZ KB1, que tem graves mais limpos, contidos, e que deixam o caminho mais livre para os médios brilharem mais.

Não percebo nenhum sinal de sibilância com o ZS7 e também não vi esse problema ser levantado por ninguém. Os médio-agudos são destacados, resultando na parte alta da segunda ponta do V, que é seguida de um roll-ff progressivo nos agudos. Eu estou acostumado com assinaturas agressivas nos médios agudos e o ZS7 está muito longe de me causar qualquer problema ou se caracterizar como um caso que eu julgaria digno de aviso. Essa parte da assinatura é responsável por dar o tempero, o gostinho, nos detalhes da música, no ZS7 essa parte se complementa muito bem com os graves levantados e fecha o pacote do som divertido do IEM. Os agudos que se seguem são bons, não são a última palavra em coerência e definição como um Tin Audio T2 mas isso é algo muito difícil de se encontrar até mesmo em fones mais caros. Os agudos estão um pouquinho atrás dos médio agudos como é de se esperar. Os pratos de bateria aparecem bem na mix, sem soar nem ríspidos nem apagados. São um dos agudos mais controlados e conservadores da KZ, com um ataque, caimento e definição adequados.

COMPARAÇÔES
Face off

KZ ZS7 x KZ ZSN

O ZS7 tem significativamente mais presença nos subgraves, os médio-graves são também mais acentuados. Os médios nos dois fones são igualmente recuados, a parte mais grave dos médios tem mais peso na apresentação do ZS7, o que o torna relativamente mais quente. Os agudos nos dois fones são bem parecidos em termos de detalhes, ataque e caimento, com um tiquinho a mais de textura no ZS7. Entranto, o ZS7 por ter mais peso no som deixa os agudos um pouco mais atrás na apresentação. O ZS7 é um fone significativamente mais quente, dinâmico, e vivo do que o ZSN, que de maneira geral, tem um som mais leve e menos articulado. O balanço tonal do ZSN até chega a soar mais neutro, mas o melhor fone para os meus ouvidos, com boa vantagem, é o ZS7.

KZ ZS7 x AS06

O KZ AS06 é mais ergonômico, tendo simultaneamente melhor cabo isolamento do que o ZS7. Os graves do KZ AS06 têm menos extensão, com menos força e competência nos subgraves. O foco do AS06 fica centrado nos médio-graves, onde os dois fones partilham um bom desempenho, sendo o ZS7 o mais controlado. Os médios do ZS7 soam mais naturais e com menos tendência a sibilância, por uma pequena margem. Os agudos no AS06 são ligeiramente mais à frente do que no ZS7, onde soam um pouco apagados. No geral o ZS7 oferece um desempenho melhor, perdendo no design e usabilidade. O ZS7 tem um palco sonoro mais amplo e dinâmico do que o AS06, que é consideravelmente fechado.

KZ ZS7 x BQEYZ KB1

O BQEYZ KB1 é um fone que partilha semelhanças e diferenças bem marcantes com relação ao ZS7. Eu o considero um dos melhores chineses híbridos abaixo de 50$ que já pude ouvir, deixando o TRN v80 e Revonext QT2 para trás. O ZS7 tem o grave consideravelmente mais presente, com maior impacto e arrasto. Os médios e médio agudos tem um perfil parecido nos dois fones. O foco fica nos médios agudos para dar brilho as vozes, sem chegar a sibilância nos dois casos. O ZS7 tem médios agudos mais vivos e mais peso nos graves do que o BQEYZ, é mais em V. O BQEYZ é mais balanceado nesse aspecto, mas soando um pouco mais brilhante. O ZS7 agrada os mais ávidos por um som divertido com massiva atividade nos graves sem que se perca o controle. O BQEYZ vindo da perspectiva do ZS7 soa um pouco mais magro e menos expansivo, o ZS7 vindo da perspectiva do BQEYZ soa um pouco mais sujo em algumas músicas e mais dinâmico em outras.


CONCLUSÃO

De forma geral o ZS7 é um fone quente que contém energia suficiente na parte de cima do espectro sonoro para soar ao mesmo tempo energético e divertido, no meio disso o médio tem presença o suficiente para não serem esmagados e garantem que o som mantenha uma boa coerência. O palco sonoro é amplo, profundo, com uma boa capacidade de posicionamento. Resumidamente é um ótimo fone em V, com capacidade técnica acima da média para a KZ e facilmente o seu melhor fone que pude oportunidade de pôr nos ouvidos. Os graves são gordos são a cereja do bolo e eu não teria muitas reservas em classificar esse fone como um excelente fone para Bassheads. Não tanto pela quantidade de graves, mas pela forma com que os graves se integram ao som e pela qualidade que o pacote final preserva. O ZS7 soa grande, vivo, físico, articulado e dinâmico, de ponta a ponta. Os contras podem residir nos dois extremos do V, o grave em alguns momentos pode parecer grandioso demais e se tornar enfadonho e/ou perder a compostura em passagens mais complexas. Da mesma forma, os médio-agudos podem soar muito vivos para alguns, para mim eles estão dentro do padrão dos fones em V, não chegando nem perto de serem um problema. Com o ZS7, a KZ parece ter mantido seu lugar no mercado de híbridos, uma boa pedida.

Review: KZ ZS7 - É grave que você quer?


EP10(esq), D4(dir)

Olá!

Sabe... A procrastinação é mesmo um problema. Mas felizmente, se serve de consolo, não é um problema que atinge só a mim. Já faz algum tempo que eu tenho esses dois fones ilustrados acima e só agora estou escrevendo sobre eles. Eles me foram enviados pela ótima NICEHCK com a finalidade de fazer uma análise já faz um tempinho.

Se trata do EZaudio D4, e do proprietário NICEHCK EP10. O motivo que me impulsionou a analisar esses dois fones está no design. Daí surge o questionamento, que design? Afinal de contas os dois fones são em formato padrão, simples.

Não sei como traduzir direito esse formato padrão, em inglês já vi algumas pessoas se referindo a esses IEM’s como “bullet type IEMs”, uma pesquisa na internet usando esses termos não retorna muitos resultados apesar de tudo. Os fones em formato “bullet” seriam esses de inserção simples, onde o ouvinte não precisa passar o fio por cima do ouvido. São exemplos, Hifiman re-400, KZ ED9, Moondrop Crescent, Soundmagic e10, Urbanfun HIFI.

Resultado de imagem para in ear
Exemplo
Acontece que nem todo usuario gosta dos fones de design over-ear (principalmente quem está se iniciando no hobby), apesar disso, é o formato que se popularizou mais recentemente. O formato over-ear se tornou dominante mesmo no portfólio de marcas como KZ, TRN, BQYEZ, SENFER, etc. Não raramente as pessoas acham complicado de se usar ou tem medo do encaixe. Se você ainda não se ligou no que é um fone over-ear, simplemente imagine um KZ ZST.

Além do formato não over ear, esses dois modelos que recebi também são modelos muito baratos, o que os tornam particularmente atrativos. O EZaudio D4 pode ser encontrado por menos de 10 e já o vi em promoções por praticamente 7$!. O EP10, de construção mais robusta já foi encontrado por cerca de 11 e hoje está sendo vendido por 15$.

Graficos do colega Hobbista "Otto motor", que dirige o blog Audioreviews.org.
Todos os creditos a ele.
EP10, o mau?

Esse gráfico veio bem a calhar e ilustra bem a caraterística tonal dos dois fones quando defrontados. O nicehck EP10 tem uma curva convidativa, se eu não o tivesse ouvido apostaria em um fone bem balanceado, quente, eufônico. Com um low treble com uma transição bem feita. De certa forma ele não foge muito dessas características; é um fone em U, os médios são recuados mas não absurdamente. A transição graves-medios-agudos é um pouco mais smooth do que um KZ ZST por exemplo. No entanto apesar do balanço tonal convidativo, o fone sofre pela qualidade dos graves, eles são excessivamente lentos e com algum "vazamento" de mid-bass para a área dos médios. O que isso quer dizer?

Imagem do Audioreviews.org
Seleção de Eartips.













De forma bem resumida e leiga, o som que nós ouvimos tem um ataque, uma duração, e um caimento. Todo driver é caracterizado pelo seu ritmo, a velocidade em que ele faz cada uma dessas etapas. Vamos simplificar dessa forma, um grave rápido, é um grave que dá atenção suficiente aos detalhes, a textura, a dinâmica do som. Um grave excessivamente lento vai fazer com que os detalhes na região grave se percam, é como se a musica perdesse ritmo, imagine assim: enquanto o driver era pra estar voltando, ele ainda está indo, rsrs. Como resultado disso o som se "embola", perde clareza, você só sente uma massa meio indefinida, meio sem forma. É o que acontece nesse fone, e é o que me impede de recomenda-lo. Muita gente gosta dele, existem varios reviews positivos em inglês, mas eu simplesmente não gosto. Ouvindo o blues "God moves on the water", o EP10 perde o ritmo, o baixo perde definição e a parte grave da música perde forma, resultando em uma apresentação meio pobre, a mesma coisa acontece com em "happines is warm gun" dos Beatles, onde o baixo de Paul Mccartney perde a virtude. Isso tendo referência um fone de mesmo preço, por volta de 15$, como o KZ ZSN.
                                     Resultado de imagem para nicehck ep 10
Comparativamente, os médios do EP10 soam um pouco mais sedosos, carregando um pouco mais de corpo do que o KZ ZSN, algumas vozes e guitarras, violões, soam isololadamente um pouco melhor no EP10, mas é só isso. A vantagem rapidamente se desfaz se os graves são exigidos ou uma passagem complexa na música acontece. O ZSN tem agudos mais vivos e dinâmicos, palco sonoro mais amplo e grave muito mais ágil. O EP10 também sofre de outro problema. Para se livrar dos graves obstruindo o som, ponteiras grandes e com abertura grande ajudam, mas daí o sub grave some um pouco, deixando o grave excessivamente centrado no midbass. Dessa forma o grave não só fica bagunçado, como também desbalanceado. Quando você aposta em ponteiras normais, mais fechadas, o grave fica melhor balanceado mas com o problema do congestionamento. O EP10 tem médios um pouco melhores que o KZ ZSN, mas os graves entram para atrapalhar a brincadeira. Os agudos no ZSN são um pouco mais vivos mas não são significativamente superiores. O palco sonoro no ZSN é mais holográfico e arejado. O EP10 é um pouco mais fechado e aconchegante, quando você está ouvindo uma faixa tranquila, acústica, cheia de vocais, pode ser que você ache o EP10 mais cativante. No entanto basta as coisas fiquem mais bagunçadas para que o grave mais ágil e a melhor capacidade de separação e arejamento do ZSN superem o EP10.

O EP10 tem um encaixe super confortável, super ergonômico, vêm com uma boa seleção de eartips, um bom cabo e construção acima da média para o preço. No entanto, eu recomendo esse fone só para quem prioriza corpo e massa em detrimento de definição nos graves. É um fone quente com bom brilho nos agudos e medios ok, relativamente eufônico, que quando não está sendo muito exigido por faixas complexas, toca bem. Então se você ouve hip-hop, R&B, lo-fi, pode ser que te atenda bem. Fato curioso, é que eu tive em minhas mãos um Auglamour F300 de 30$ por um tempo, ele tocava incrivelmente parecido com o Ep10, que custa a metade do preço ou as vezes pouco mais de 1/3. 

Há quem goste dessa característica mais lenta dos graves, que pode dar uma sensação mais física,de mais massa ao som junto com os médio graves destacados, eu não curto. Na faixa de preço dele existem outras opções (que não sejam over ear) que talvez possam vestir melhor um ouvinte de rock, metal, e demais gêneros que exigem mais competência dos graves. Por menos de 15$: KZ ED9, KZ EDR2, EZAUDIO D4, Swing ie800, por um pouco mais URBANFUN HIFI, SENFER DT6.

O bom? EZaudio d4.

Se a analógia do NICEHCK EP10 é um SUV pesado, que te garante conforto com bons médios e que balança pra lá e pra cá com pouca agilidade nos graves, o EZaudio D4 é um carro esportivo com alivio de peso e suspensão dura. 
Resultado de imagem para EZaudio d4
Imagem da internet
E EZaudio é unico, ao unir um som incrivelmente linear por apenas 9$, as vezes 7$!!!! Ele tenta puxar a apresentação mais na linha de um tin audio T2 do que de um KZ da vida, e custando pouquíssimo, o que o torna uma opção única pra quem não está a procura de graves e agudos matadores para o preço. Para o preço ele é rapido, ágil, por vezes um pouco seco, mas não passa sufoco em musicas complexas como o NICEHCK EP10. Ele não tem o mesmo nível de detalhamento ou o mesmo grau de articulação e dinâmica que o tin audio T2. Mas pelo preço de 9$ é o fone mais linear que você pode encontrar. Algumas pessoas podem o considerar "thin sounding" devido ao low treble destacado e pelos graves lineares. Isso faz com que os detalhes da música tenham um maior destaque, se tornando um fone mais análitico. Na minha opinião o volume dos agudos não chega a ser excessivo, necessitando apenas de algum costume com o fone.

Comparado com o Tin Audio T2, o D4 tem as primeiras notas graves um pouco mais vigorosas e presentes com o porém de soarem um pouco "boomy", menos articuladas. A velocidade dos graves do D4 parece ser adequada e ele vai bem em todas aquelas situações onde o EP10 tem um pouco de dificuldade, os exigentes graves de "get mine - bryson tiller" correm bem aqui e sem deixar a desejar. No ep10 eles soam mais xoxos, soltos, "flabby". Os médios do D4 parecem ser um pouco menos "sedosos" quando você sai dele para o EP10, mas basta voltar para o D4 e perceber que o fone mais barato apesar de ter os medios um pouco mais "finos", preserva mais resolução e desenvoltura com o som um pouco mais ágil e detalhado. O cavaquinho e a voz de seu jorge na versão ao vivo de "tive razão" deixa isso claro. O baixo é menos destacado no D4 do que no EP10, mas é mais ágil e competente, a parte superior da voz de seu jorge tem mais brilho, bem como o cavaquinho soa mais claro. O solo de trompete da mesma música, no entanto, pode soar um pouco estridente, é aqui que está aquela região destacada do low treble que exige um pouquinho de adaptação, nada trágico por 9$.
Resultado de imagem para EZaudio d4
Versão rosa do D4
O D4 é tem graves presentes mas não pronunciados e de certa forma lineares, médios presentes mas sem muita profundiade, e agudos vivos, com o low treble um pouco animado dando ênfase aos detalhes. O som é bem direto e o soundstage não se expande muito, toda informação da música e jogada na sua cara em uma apresentação bem straight to the point. O fato de ser direto não significa mais resolução, no entanto. É mais uma característica da apresentação do que uma grandeza para se medir a resolução.

O Ezaudio é mais vigoroso que o tin audio t2 só nas primeiras notas do grave. Em todo o resto o T2 tem um grau significativamente maior de articulação. O grave no Ezaudio pode soar "one-noteish", "monotonico" - essa palavra existe? Se comparado ao Tin Audio. No T2 os médios tem mais detalhamento e sedosidade, as vozes são mais macias e as emoções são melhor renderizadas. Os agudos são mais abertos e com extensão melhor, os pratos de bateria são mais energeticos e naturais. O low treble é mais comedido. No entando quando nos referimos ao d4 estamos falando de um fone que é na media 1/4 do preço do outro, ainda sim ele consegue de certa forma mimetizar a ambição de ter um balanço tonal um poquinho mais neutro do que o a média do mercado. A resolução do EZaudio ainda é a resolução de um fone que tem limitações pelo seu preço, não há milagre aqui.
Resultado de imagem para EZaudio d4

Se a construção, o cabeamento, e as eartips do EP10 são pontos positivos e o som acaba sendo a polêmica, no ED4 é o contrário. O ótimo som é acompanhado de uma seleção muito pobre de eartips e um cabo bem simples. O fone é bem construido e não me passa a sensação de que vai desmontar na minha mão, no entanto ele consegue no máximo fazer o mínimo bem feito e não surpreende nessa área, ele acompanha microfone, um cabo com um revestimento de nylon na primeira parte e um alivio de stress eficiente quando o cabo chega ao corpo da capsula. A capsula do IEM é feita de aluminio e o design é "emprestado" do Nuforce en700. Eu recomendo fortemente que você use outras eartips com ele, estou usando eartips similares a essa que vem no TRN V80.

Resumidamente o EZaudio é um fone muito barato e com uma assinatura um tanto quanto ambiciosa para o seu preço, entre o neutro e o claro, ele se aproxima do frio com uma característica de monitores de áudio. O fone entrega muito pelo preço e deve ser muito considerado por quem procura encontrar uma alternativa aos fones em V sem ter que quebrar o cofrinho. Fones como UiiSii HM7 e Rock zircon tem mais ou menos o mesmo preço que ele mas são canhões de graves, o Einsear T2, ainda é em V mas chega mais próximo do EZaudio sendo mais balanceado que os dois primeiros, infelizmente não tenho mais um par deles comigo.

Como o EZaudio D4 e na faixa de preço dele, só tem ele mesmo. Uma boa pedida.


Conclusão.

Espero ter esclarecido alguma coisa sobre esses dois fones, o EP10 é muito anatômico, muito bem construído e pode ser que faça o seu gosto, eu particularmente não recomendaria caso você ouça ritmos exigentes ou congestionados. Acho que o fone tem uma falha considerável e que talvez seja inteligente procurar outras opções, mas já o coloquei lado a lado com o auglamour F300 de 30$ e o EP10 soou incrivelmente parecido. Muita gente elogia o Auglamour lá fora e eu também não recomendo ele pelos mesmos motivos do EP10. Considere minha opinião como uma das variadas que existem por aí. O ED4 faz bastante o meu gosto e é recomendação certeira para quem quer uma alternativa aos fones com forte ênfase nos graves, por 10$ não há alternativas á esse caráter que eu conheça. Pelos sazonais 7$ ele é ainda mais impressionante e talvez valha a pena só pela curiosidade e pra ter um reserva ou daily beater, presentear amigos, etc.

Até a próxima.

EZAUDIO D4: Aqui
NICEHCK EP10: Aqui

Review - Ezaudio D4 e NICEHCK EP10 - O bom e o mau?



Resultado de imagem para Tin audio t3


Já tenho esse lançamento a algum tempinho e vou deixar aqui uma palavrinha sobre ele junto com um cupom de desconto. Não pretendo me estender muito(nota do revisor: LOL). Confira as instruções para o desconto no final do post.

DISCLAIMER:
Esse é meu video de review do fone, o texto aqui encontrado é mais tecnico e detalhado sobre os aspectos do som mas lá você consegue ver imagens do unboxing.
.
PREÂMBULO
Antes de qualquer coisa, qualquer descrição, elogio, ou superlativo relacionados a qualidade do fone, dizem respeito a faixa de preço que ele está colocado e a seus pares! Não se trata de pensar que é o melhor fone do mundo, batedor de fones 38x o preço dele, ou outras generalidades que se leem por aí. Feitas essas ressalvas, é PRECISO dizer: o t3 é foda! É muito bom!

A Tin Audio - hoje em dia sobre o nome "tin hifi”, ganhou destaque muito rapidamente no fóruns de fones chineses de baixo custo ao apresentar aquilo que até outrora era quase inédito no universo chi-fi: Uma apresentação neutra, comedida, que não fosse colorida para o lado quente do espectro, ou cheia de pico nos graves e nos agudos. Colorações que procuram excitar o ouvinte, mas não raramente atrapalham na reprodução do som.

Apesar de que só por agora começa a ganhar popularidade no Brasil, o T2 foi um fenómeno muito rápido. Ele se destacava por uma apresentação um tanto quanto seca do som, mas não no sentido negativo, mas sim clara, cheia de detalhamento e com médios muito mais à frente do que comumente é encontrado nos KZ da vida.

Resultado de imagem para Tin audio t3
Imagem da Internet
O T2 apresentava graves mais claros e detalhados do que o comum, eles se destacavam pelo seu maior refino relativo a seus concorrentes. Mesmo os graves não sendo abundantes e não tendo uma extensão que chegue ao sub grave com vigor. A região dos médios em geral é muito menos recuada e com um timbre mais próximo da realidade. Os agudos se destacam sendo bem abertos, sem muitos picos e vales esquisitos, o que dá mais coerência ao timbre das notas e ao palco sonoro. O som tem um destaque na parte superior dos médios até o low treble, como é comum nos fones chineses, mas menos agressivo do que o normal. O palco sonoro é correto, o ar é renderizado de uma forma bem natural, e para um in ear, considero que o som parece bem “aberto”, leve, arejado.
O grave era talvez a parte que mais dividia os corações. O T2 tem um roll-off meio rápido, que faz com que as notas mais graves tenham menos "gordurinha" do que o normal, faz com que o fone não apresente o peso suficiente para alguns ritmos como Hip-Hop ou EDM. Falta impacto nos graves e algum corpo para os médios. O T2 de modo geral tem uma apresentação que gira em torno do neutro-análitico, que para alguns serve para tudo, e para outros – como eu, não é capaz de fazer justiça a todos os gêneros. 
Resultado de imagem para Tin audio t3
Imagem da internet

Mesmo com esse porém, o T2 na minha opinião não tinha ou tem concorrentes para um som detalhado, analítico, neutro, em torno dos 30$ que pode ser encontrado. O aspecto único do fone o torna uma recomendação fácil, ainda mais para que procura uma abordagem mais madura do que os fones V-shaped. Ainda existe o pesar, no entanto, de ele pecar na sessão dos graves, o que impede que ele seja um All Arounder definitivo.

- OK OK, muito bonito, muito legal, MAS E A CARALHA DO T3 QUE VC N FALOU ATÉ AGR?????

Finalmente chegamos a parte em que falaremos sobre ele. Acontece que é difícil descrevê-lo sem ter a sombra do seu antecessor por perto. Tanto no sentido de descrever as suas características sonoras, quanto no sentido de avaliar o custo benefício do mais caro e sonoramente superior, T3, que inclusive tenha talvez entre seus grandes concorrentes, o seu mais modesto antecessor.

Resultado de imagem para Tin audio t3
Imagem da Internet.

ASPECTO FÍSICO
A primeira diferença que deve ser notada é o aspecto físico, apesar do formato da shell e consequentemente o encaixe ser praticamente o mesmo, o T3 tem alguma diferença estética com relação ao T2. A parte traseira-lateral do fone tem uma protuberância que confere ao IEM um aspecto mais robusto e industrial. Confesso que por fotos eu achei menos elegante, o T2 me parecia mais refinado. Ao vivo, fico com dificuldade de dizer qual é o mais bonito. Tenho certeza, no entanto, que o T3 somado ao conector MMCX do novo cabo, que se acopla perfeitamente ao seu design, tem um feeling mais robusto e premium. É aqui que as coisas ficam mais interessantes, pois o cabo do T3 é infinitamente superior ao cabo do T2. Tanto na sensação de durabilidade, quanto no senso estético e na praticidade. Ele enrola menos, é mais bonito, mais robusto. As earhooks pré-moldadas que passam por cima do ouvido ajudam o fone a ficar mais estável e ao usuário conseguir um fit mais profundo e seguro. Ponto positivo para a Tin Hifi. Dica – Você consegue comprar um cabo muito parecido com esse por 8$ se procurar por “TRN 16core cable” no aliexpress.

Resultado de imagem para Tin audio t3
Imagem da Internet

A caixa do fone é um pouco maior e os pares de ponteiras são mais variados no T3 do que no T2. Tudo isso você pode conferir no meu vídeo de análise. São dois Kits de ponteiras de silicone e dois pares de ponteiras de espuma. Eu particularmente penso que se a Tin HIFI mantivesse uma caixa menos luxuosa(poderia ser a antiga) e incluísse uma case para carregar o fone, seria mais vantajoso.


Pulando tudo isso e indo ao principal ponto, que é o som, eu devo ser breve em dizer que gostei muito desse fone, e que na minha opinião, ele vale os 60-70$ que hoje são cobrados nele. 70 dólares, no entanto, é meio que uma esticada e seria o máximo que eu aceitaria pagar, o custo benefício a esse preço ainda é muito bom, mas não é coisa de outro mundo. Não raramente você encontra ele por 60$, que, aí sim, considero um valor bem justo e um CxB muito bom. Você o encontra por esse preço tanto com cupons de desconto, quanto em promoções sazonais de diversas lojas, é só abrir o olho. 

Resultado de imagem para Tin audio t3
Imagem da Internet

Se o T3 seguir a tendência do T2, preços mais baixos devem ser mais recorrentes no futuro, mas é algo que não deixa de ser incerto. 


SOM
O T3 pega o som do T2 e o transforma em um som maior, mais grandioso, e mais articulado. É basicamente isso. Quando digo maior, não estou me referindo ao palco sonoro, mas sim ao aspecto geral em que o som é apresentado, mais vivo, mais claro. A tonalidade e o timbre geral das notas é mais ou menos a mesmo que o antecessor, em torno do neutro-frio. No entanto o som é mais articulado e vivo em todas as áreas, sendo mais perceptível essa diferença nos agudos e nos graves do que nos médios. É como se fosse a mesma assinatura, mas mais dinâmica e viva.

Resultado de imagem para Tin audio t3
Creditos: Crinacle

GRAVES
A região dos graves é onde a diferença é mais perceptível, o que na verdade me causou espanto, dado que alguns gráficos de frequência apontam para um volume relativamente parecido com o T2 na área. Assim que coloquei o fone no ouvido fiquei impressionado, minha impressão contrastou imediatamente com a de outros reviewers que não apontaram grandes diferenças na área. O subgrave que era praticamente inexistente no T2 aparece aqui com muito mais vigor e transparência. The Hills do The Weeknd é marcada um subgrave forte, que fica descaracterizado no T2, ele é xoxo, não reverbera. É como se o impacto não tivesse uma consequência – que deveria ser o caimento da nota. No T3 a nota do subgrave é perfeitamente audível, com fluidez e dinâmica satisfatória. As notas médio grave parecem um tiquinho mais presentes mas não o suficiente para tornar o fone em um fone quente ou alterar significativamente o timbre das notas com relação ao T2.

MÉDIOS
Os médios continuam tendo um ótimo nível de transparência, é entre ele e os agudos, e entre eles e os graves que a mágica acontece. O T3 ainda tem aquela assinatura que muita gente gosta de chamar de “asiática”, onde a transição dos médios ao low treble ganha destaque, em uma tentativa de aumentar os detalhes e dar ênfase nas vozes femininas, guitarras. No entanto a armadura balanceada da Knowles é mais competente que o driver dinâmico do T2 e essa região é um pouco melhor articulada, conferindo ao T3 menos granulação que seu antecessor.
O grave mais competente confere mais vida as notas que residem entre o grave e os médios, o corpo que faltava no T2 se faz mais perceptivo. Isso faz com que alguns sons, como, violão e baixo acústico soem mais naturais. O T3 consegue imprimir uma sensação de drama e romance muito mais competentemente que o T3. Sabe aquele crescendo dramático da sua trilha sonora, regada a graves, sintetizadores, vozes, etc? É no T3 que ela vai soar melhor. Graças a melhor articulação dos graves e dos médios.

AGUDOS
O T2 tem entre suas grandes qualidades, um agudo muito bem estendido, que junto a falta de peso nas notas, confere ao som uma sensação muito leve, aberta, arejada. Apesar de em alguns gráficos, os agudos do T3 aparentarem ser menos estendidos – e meus ouvidos também ouvem isso, apesar de não saber se é por indução ou por um fato. Eu não considero essa parte um downgrade no T3. O som não é prejudicado, continua muito aberto, arejado, e com o benefício de ter mais articulação também nessa área. Take five do quarteto Jazzístico de Dave Brubeck tem entre suas percussões e os pratos de bateria a sintonia perfeita, tudo soa onde deve soar, com os pratos de bateria tendo o ataque e caimento correto. Sem perda de brilho nenhuma. O mesmo ganho de articulação na transição do grave aos médios é observado na transição dos médios aos agudos. Com as ultimas notas do agudos mantendo a coerência e velocidade correta. Seria possível dizer que existe um pouco de "glaring", ou perda de definição devido a dificuldade de uma só armadura balanceada lidar com isso tudo. Mas nessa faixa de preço isso é de certa forma esperado, e mais comúm.

CONCLUSÃO

Resultado de imagem para Tin audio t3
Imagem da internet, credito: RTINGS

Eu falei que não ia me estender, e me estendi... tudo que eu penso sobre o T3 está aí em cima.
De forma geral, o T3 é uma evolução conservadora e de muito bom gosto sobre o T2. É um daqueles casos onde menos é mais, onde em time que se ganha não se mexe. Nesse caso, o fundamento tático, as peças chave do time, continuaram as mesmas, só que com uma zaga mais forte, confiável, e com um ataque mais dinâmico. Essas alterações permitem que o meio de campo tenha mais segurança e liberdade para poder criar o jogo. O resultado final, é que essas mudanças pontuais transformam aquele time em algo completamente diferente, e novo.

O T3 é melhor que o T2, ponto final. No entanto, quando é possível encontrar o T2 por preços da ordem de 30$ em promoções, a questão fica mais relativa, e o bicho pega. O T2 a 30$ preserva uma relação custo benefício que na minha opinião só é alcanãda pelo T3 quando ele esta gravitando em torno de 60$ pra menos. Veja, eu não tenho dúvidas que o T3 é melhor em todas as áreas e um Cxb muito bom a 60-70$, a questão é que é menos CxB que o T2 em termos proporcionais.
Mas isso é mais por que o T2 é insano pelo preço, do que por qualquer demérito do T3. Pode ser por exemplo, que o T3, sendo mais competente e universal que o T2, valha a pena pra você mesmo no preço mais caro, e o T2 não valha nem 40, 30, 20, 10$. Por que ele poderia pecar no grave e ser uma falha crítica para você, tudo é relativo...

Também penso que esse é um fenômeno universal, se trata da lei dos dimishing returns, onde quanto mais caro você chega no mercado, menos significativas são as diferenças de incremento em qualidade. Resumindo, no meu ponto de vista o T3 vale o que custa, mas com um custo beneficio um pouco menor que o T2. Isso faz com que eu prefira o T2 ao T3? Hmm... Não.

DESCONTO
Para conseguir comprar o seu T3 por 59$ na linsoul, basta ir até a loja deles no ALI: https://bit.ly/2UUgOxT. Realizar o pedido e NÃO fazer o pagamento, daí você manda mensagem para a loja solicitando o desconto e mencionando meu canal no YT, audiolosofia, ou meu nome, Paulo Roberto. A loja deverá realizar o acerto no preço e você pode levar seu t3 lindo, serelepe e pimpão.

-
Por enquanto é só isso aqui mesmo, e tchau!

Review - Análise - Tin Audio T3 - Quando menos é mais!

ANALISE KZ ZSN - COMPARATIVO COM ZST

                           Resultado de imagem para kz zsn
      
Olá, conhece a KZ? provavelmente. Se trata da mais famosa fabricante de fones chineses "budget", ou, segmento de entrada. O Kz ZST é um de seus modelos mais populares aqui no Brasil e nesse video faço uma apresentação de seu sucessor natural, o ZSN. Na conclusão do vídeo eu dou uma comparada nos dois, confira.

        

Gostou ? Você pode comprar esse fone com desconto na NiceHCK, eu não ganho nada com isso. 

Do preço original de 18$ e 20$, com e sem microfone, você pagara 15 e 16,5$,

Para isso basta realizar o pedido, MAS NÃO PAGAR NEM GERAR BOLETO, é só voltar para trás na janela, dai você manda mensagem para o vendedor pedindo desconto do canal AUDIOLOSOFIA, "Please, give me AUDIOLOSOFIA discount". E o vendedor ira alterar o preço em um dia provavelmente. Daí é só completar o pedido


Deixei seu elogio ou crítica nos comentários. Abraço.

Review (video) - KZ ZSN, O KZ ZST MELHORADO!


Olá, bem vindo ao Review / análise do Tenhz P4 pro.

                           Resultado de imagem para TENHZ P4 PRO
Eu podia estar matando, roubando, terminando meu projeto de pesquisa que está próximo do deadline, mas não, resolvi escrever um pouquinho sobre uma feliz aquisição que fiz a pouco tempo, O tenhz p4 pro. Então pega um salgado e vamos lá.
Estou nesse hobby a uns 3 anos e ja testei inúmeros fones abaixo de 50$, dos tipos que tem review no Audiobudget etc. Cansado de mais do mesmo e de sidegrades, resolvi vender vários fones e arriscar dois no segmento de 100$, o tenhz p4 pro e o ótimo BGVP DMG que acabei vendendo ontem. Posso adiantar que não me arrependo nem um pouco desse movimento, exemplos de fones que ouvi e achei o p4 pro um bom upgrade são: Tin audio t2, hifiman re-400, KZ ZS10
Sigamos ao Review pois então. Esse review já fora publicado no Head-fi em uma versão mais prejudicada e com um inglês meio precário, pois comprei esse fone com desconto oferecendo um review ao vendedor. Aqui, irei transcrever e atualizar algumas passagens. Link do review no head-fi: https://bit.ly/2Cke55P

20181023_111834.jpg

SPECs

O fone é constituído de 4 Drivers e uma placa de crossover fazendo as divisões das frequências. Um grande driver Knowles 22955 cuida dos graves enquanto outros 3 drivers OEM cuidam dos médios e agudos.

--- Frequency response range: 10 Hz–40 kHz
Sensitivity: 110 dB +/- 2 dB
Impedance: 26 ohms
Connectors: ⅛ in (3.5 mm)
Cable length: 4 ft (1.2 m) ----

A Tenhz é a novo nome daquilo que outrora era conhecido como AUDBOS, se trata de uma split company vinda da MAGAOSI, bem mais conhecida. Esse fone é uma atualização do AUDBOS P4, de acordo com gente que ouviu os dois e tem contato com a marca, o p4 pro supostamente tem um som mais controlado que o audbos p4 sendo menos "cavernoso" e "eufonico". Com um melhor espaçamento nos medios e um tiquinho a menos de grave. Eu consigo imaginar essa "cavernosidade" uma vez que o P4 pro continua sendo um fone bastante eufônico musical e com um palco sonoro íntimo.

OVERVIEW:

O Tenhz p4 pro é um fone divulgado pelo material de divulgação como Fully transparent. Eu posso adiantar que é um ótimo fone, visando uma resposta próxima de neutra na curva de frequencia ele não chega a atingir a neutralidade. No entanto está muito mais próximo de uma curva de referencia do que um V, ou até um mesmo um U mais acentuado. Não chega a ser considerado por mim um fone "fully transparent" Pois na verdade a transição dos médios aos agudos funciona muito bem em perdoar imperfeições, se comparado com meu he4xx, apesar dos médios do Tenhz p4 pro terem ainda mais autoridade que o hifiman, talvez pelo formato físico.
Por 120$, esse fone tem recebido muitos bons reviews por gente mais experiente, o Antdroid no head-fi convocou o Campfire Comet (200$), e o DMG para competir com ele. Outro usuário comparou o com o Brainwavz b400 e considerou os dois em pé de igualdade considerando todo pacote. So far, minha experiencia com ele tem sido ótima e me fez despachar o muitíssimo bem avaliado BGVP DMG para outra pessoa que possa fazer melhor uso de seu competente V. De início pensei em vender o p4 pro, mas definitivamente desisti.
Apesar de tudo fone não é perfeito e para entender isso analisemos por partes.

APRESENTAÇÃO:

[​IMG]
Um boa apresentação já te deixa otimista...

Aqui é um passeio... Como você pode observar nas fotos, o fone chega em uma belíssima caixa,  acompanhado de uma competente   seleção de eartips. O ponto alto da   experiencia de unboxing é a  charmosa case de couro, eu consigo   imaginar ela sendo vendida por 10,   15$ no aliexpress... facilmente. Aqui   você encontra três pares de silicone   e tres pares de espuma.

Logo na parte de baixo da caixa é   que vem o único downside da   experiencia. Depois de observar as  belíssimas Shells dos  impecavelmente construídos P4 pro,   você da de cara com os    decepcionantes cabos.

CONSTRUÇÂO, FIT e CABOS:

Os cabos são transparentes, ao primeiro olhar são até bonitinhos. Mas são uma bela porcaria. São  rígidos e dificilmente ficam enrolados  quando vc quer, a usabilidade não é boa. Os conectores MMCX quase ficaram agarrados no meu DMG uma vez. Com conectores grandes, a "alcinha" que vai acima do ouvido é rigida e quando usei esse cabo no meu dmg acabou atrapalhando um pouco o isolamento do fone. Enquanto tive o DMG, usei o cabo dele no p4 pro

Se você é daqueles que acredita em cabos mudando a qualidade de som, voce definitivamente precisa de fazer um upgrade, uma vez que a condutibilidade desse cabo é pessima, um usuario no Head-fi aferiu esses dados.
Mesmo que você não acredite em cabos mudando o som, recomento um cabo aftermarket.
Os fones encaixam muito bem no ouvido e em mim isolam absurdamente bem, uso as menores eartips nele e geralmente uso medias ou grandes. They go deeeep e sem prejudicar meu conforto. Fico imaginando quanto mais isolamento um Custom poderia me oferecer... Não consigo imaginar muito.
Sua experiência com certeza vai variar, no entanto.
                                                                           

IMG_20181113_161020.jpg

SOOOOOOOOOM:

Minhas preferências: Minha assinatura perfeita seria de neutra para uma ligeira assinatura em U. Eu gosto de médios corretos e gordos. Uma boa extensão nos agudos pois não tenho problemas com eles. Baixo precisa estar presente, mas não excessivamente. Eu também prefiro a presença de sub-bass com agilidade e bom caimento do que exatamente uma massa que batendo nos meus ouvidos. Em resumo, um leve U ágil e bem aberto.

TONALIDADE:
Tonalmente, para mim, esses fones de ouvido estão muito bem colocados, eles perdem claramente na extensão nos agudos, embora isso possa ser facilmente alcançado com EQ. Eles são neutros com um pequeno bump nos médios que eu gosto muito. Os graves são corretos, ágeis e não tem um grande Roll-off, na verdade eles vão bem fundo, linearmente. Imagine um planar aqui. Se trata de uma assinatura quente com os graves presentes e com médios bem próximos do ouvido. Um palco íntimo e uma experiência no geral bem eufônica. Com um brilho no máximo suficientes para marcar presença, na minha opinião falta um pouco.

GRAVE:

Em um bom ambiente, estes são ambos tonalmente e tecnicamente corretos. Eu tenho um hifiman he4xx, e acho que, sendo graves de armaduras balanceadas você deve imaginar esse grave mais próximo de uma planar do que um dinâmico. Em primeiro lugar, eles são presentes e estendem muito bem, são ágeis com textura bem evidente e caimento rápido. Sobre a quantidade: Eu consigo imaginar gente até querendo fazer um leve cut neles, o que pode oferecer benefícios. Já explico. Os graves não são neutros, estão acima disso. Aqui, reside e o calcanhar de aquiles desses fones. Não sei o que houve na implementação, mas esses drivers parecem estar estressados. Eles não respondem bem a equalização. A distorção é imediata e ao fazer isso o fone emudece outras frequências.
Isso é amenizado pelo fato de que os graves são mais do que suficientes se você está pensando em um som de referência. Corta-los um pouco abre o palco, apesar de que sem eq o som não chega a ser embolado. Talvez eufônico e fechado demais, principalmente se vc tem uma fonte warm, gostaria de ter um hd650 para comparar. Mas enfim, se vc está incomodado pela pressão dos graves e quer um som mais relaxado e aberto, recomendo apesar de não ser necessário.

As vezes faço isso e aumento os agudos, fica perfeito, quase atingindo meu Golden target.
Esses fones gostam de poder, toca-los no meu AMP de mesa melhora esse ponto crítico, aumentar o grave nesse amp (750mw a em 32ohm, OI 30 ohms) faz distorcer bem menos ou quase nada. Penso que eles devem se beneficiar bem de uma saída balanceada... mas não posso testar isso.

MÉDIOS. 

É aqui que toda a mágica acontece, a melhor implementação de médios que vi em qualquer fone de ouvido. Ponto. O timbre é correto, apesar de ser uma tonalidade em regra geral, quente. O palco é íntimo e as vozes muito próximas aos ouvidos. A transição médios-agudps é perfeita, longe da sibilância ao mesmo tempo em que as vozes estão muito próximas. Para sibilar nesse fone só se for uma gravação merda mesmo. Você pode ouvir as nuances dos vocais. Às vezes você pode até sentir falta de alguma nuance ou ressonância, pela falta de presença em registros mais altos e ao ter tanto em corpo e espessura nos vocais, ainda assim tudo soa muito natural. Fantástico para gêneros musicais íntimos. Aqui não tenho reservas e sobram elogios.

AGUDOS: Apesar da transição de médios para agudos ser absolutamente perfeita para mim. Os agudos se limitam a ser no máximo corretos e bons. No meu gosto não chegam a ser perfeitos mas caso você não goste de agudos, pode ser que goste muito. Caso seus ouvidos sejam mais cansados com a idade, Imagino que também irá sentir um pouco de falta de brilho.
Eu gosto de desfrutar de uma boa extensão a partir de 12khz, pois dá um brilho que eu gosto pessoalmente. Aqui isso falta, o que dá essa característica um pouquinho “cavernosa” do palco. Mais presença nos registros mais altos melhora muito as ressonâncias e percepção de espacialidade. Nunca vi ninguém reclamando disso, então deve ser um gosto pessoal. Tecnicamente, parece ser a área em que os drivers passeiam com maior fluidez. Não percebo nenhuma granulação. Os pratos não são espalhados, a textura dos agudos quando você os levanta um pouco é boa e o caimento correto. Pro meu gosto pessoal, falta um pouquinho de brilho na forma original. Sempre dou uma levantada neles.

“TECNICALIDADES”: O soundstage é mediano e definitivamente é um som "in you head". Este é um efeito dos agudos rolled off, quando você os equaliza, esse efeito se torna bem menor e o palco fica mais tridimensional. A criação de imagens é muito boa, pois não há nenhum som fino, como consequência os recursos de imagem se beneficiam desse encorpamento. 

Review / Análise - Tenhz P4 Pro