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Resultado de imagem para KZ ZS7

Resultado de imagem para KZ ZS7 box

PREÂMBULO

Durante muito tempo a KZ reinou absoluta no mundo dos fones híbridos de baixíssimo custo. Nenhuma outra marca havia alcançado seu nível de popularidade fora das terras do sol nascente. No brasil, ela se tornara mais do que relativamente popular, seu nome estava sendo aventado pelos quatro cantos do brasil por músicos amadores e profissionais como a “marca que traz a mesma qualidade de som por um preço muito mais baixo”.

Mundo a fora o quadro não é muito diferente, apesar disso, não tardou muito para que diversas outras marcas chinesas também emergissem do submundo do TAOBAO e se impusessem como nomes também reconhecidos pela comunidade de chi-fi. TRN, BQEYZ, SENFER, REVONEXT, são só alguns dos nomes mais comuns.

Os fones híbridos de múltiplas armaduras balanceadas foram o carro chefe da KZ durante algum tempo, desde o ZS6, no entanto, surgiram algumas iterações que atrapalharam seu estado de concorrência imperfeita. As marcas passaram a disputar o dinheiro do fã de fones chineses de baixo custo de forma acirrada. A sensação geral era de que a KZ havia ficado um pouco para trás, uma vez que o seu carro chefe (ZS6) dividia opiniões de forma radical por conta de agudos muitíssimo ativos.

Com o ZS10pro e ZS7, lançados logo após a KZ se aventurar com fones munidos unicamente de armaduras balanceadas (AS10, AS06), a marca chinesa parece querer se recuperar de seu déficit no mercado dos híbridos. Será que consegue?

ZS7 com o cabo de meu Ikko OH1, não é que combinou?

DISCLAIMER:

Esse fone me foi enviado pela AK AUDIO STORE pelo preço reduzido de 10$ a fim desse review. As opiniões aqui expressadas são inteiramente minhas e isentas de influência externa. De qualquer forma, te convido a ser crítico e também a procurar outras análises para formar melhor sua opinião.


UNBOXING E CONTEÚDO


Resultado de imagem para KZ ZS7 box
Imagem kibada de primeaudio.com
            A KZ atualmente adota dois modelos de embalagem que parecem separar sua linha de produtos e forma com que ela os organiza. O ZS7 é protegido por uma caixa retangular de papelão preto com a abertura no estilo de um livro, preenchida de espuma e acompanhada por uma plaqueta de espuma e metal – Bastante inútil if you ask me. Essa parece ser a versão premium das embalagens da KZ e é a embalagem que acompanha o ZS7. Outros modelos como o ZSN e até mesmo ZS10pro, chegam em uma embalagem branca muito mais simples. Curioso. Ao abrir a embalagem você logo se vê diante do ZS7, suspendendo o inserção de espuma revelam-se os outros conteúdos.

Na caixa do ZS7 você encontra.
  • - Cabo 2 pin de 00.78mm
  • - Três pares de ponteiras tipo “starline”.
  • - Literatura e comprovante do controle de qualidade
E só.

Resultado de imagem para KZ ZS7 box
Pacote que você recebe em casa.
Foto por: Loja Music Arrival
DESIGN, CONSTRUÇÃO

O ZS7 segue o famigerado design de seus antecessores. Dessa vez com uma combinação de cores única e de bastante bom gosto, o ZS7 chega com o acabamento em preto e azul com a configuração dos drivers inscrita em cada unidade. O corpo do fone tem aberturas que pretendem imitar o design de um fone open-back mas seus efeitos se resumem a estética. O bocal do fone é terminado em uma grade de boa qualidade e que não parece criar problemas com higiene ou entupimento por suor ou qualquer coisa do tipo.

A construção não deixa qualquer rebarba, tem um peso consideravel e passa uma clara sensação de robustez na mão. O fone parece ser resistente a algumas pancadas. O design e construção chama atenção de terceiros, ouvi de um colega que os fones parecem ter saído de um filme de ficção científica. Pontos para a Campfire Audio por ter desenhado o Andromeda que a KZ copiou descaradamente. O encaixe do fone não é problemático, a inserção não é tão profunda quanto um AS06 mas também não é superficial como um Senfer DT6 ou Tin Audio T2. O peso do fone não chega a incomodar no ouvido e os recortes do metal do fone não atrapalham a ergonomia tanto quanto aparentam.

Os cabos são removíveis, o que é com certeza um ponto positivo, mas eles também são uma espécie de decepção, e aqui reside a minha única crítica ao fone. Se têm uma coisa que eu odeio nessa vida, são Earhooks moldáveis, e é exatamente esse tipo de Earhook que acompanha o ZS7. Sabe aquela peça que molda o fio a passar por detrás do ouvido? Essas são as earhooks. Existem a pré-formadas que tem um formato fixo e maleável, que pressiona levemente por detrás do ouvido e mantem o fone seguro. Elas também são melhores para se guardar o cabo e o fone. A KZ têm aplicado esse modelo no AS06, AS10, ZSN, ZSNpro, ZS10 pro e outros. O ZS7 infelizmente acompanha uma earhook com um arame interno que é moldável ao gosto do usuário. Eu considero esse modelo menos ergonômico, podendo até atrapalhar o encaixe em alguns casos. Não é o fim do mundo, mas é uma pena. O fio do cabo é regular, segue o mesmo padrão de fiação que o AS06, ZS10 e ZS10 pro, o cabo é flexível, tem conector em formato de L e é bastante resistente. Eu considero o cabo do ZSN, que é consideravelmente mais barato, muito superior a esse. Ponto negativo para a KZ. Felizmente o cabo é removível, os conectores são de ótima qualidade. O ZS7 aceita cabos com a terminação 2pin de 00.78mm, cabos de 00.75mm ficam folgados.

SOM E CONFIGURAÇÃO

A KZ não só mudou o design do ZS7 com relação ao ZS6, mas também seu arranjo interno. Agora são 1 driver dinâmico acompanhado de 4 armaduras balanceadas, mesmo arranjo do ZS10 e ZS10pro. Para fazer o trabalho de separar as frequências em cada alto falante o ZS7 conta com uma placa de crossover. O fone é constituído de um driver de 10mm para os graves, uma armadura de modelo 29689 para os médios, uma 31005 para os médios-agudos, e duas 30095 para os agudos.

O resultado dessa iteração na capsula de metal é um som articulado, divertido, cheio e que não me decepciona. O ZS7 se apresentou desde o início como um fone coerente, cheio e divertido. Essas são as suas palavras chave. Seu preço está girando em torno de 35$~40$ e o desempenho geral me parece muito mais do que adequado.
Charmoso
O ZS7 aposta em sua espacialidade, profundidade e chão para animar o ouvinte. Os elementos do som se dispersam bem pelo palco sonoro mais do que generoso, que é característico dos KZ. O som tem uma profundidade destacada, que se complementa perfeitamente pelo “chão” muito físico que a apresentação traz. O ZS7 é dinâmico e ávido por atividade e sensação física. A combinação do palco sonoro com o grave muito competente e dinâmico é o que caracteriza esse fone de forma bem demarcada. O som tem uma marca bassy, articulada, espacial... e especial, rs.

Sua assinatura sonora é entre um V e um U shape, com a extremidade dos graves com excelente extensão, e os agudos com um roll-off gentil e suave. O som começa no subgrave com extrema vitalidade, os graves continuam desenvoltos até chegar aos médio-graves, ainda levantados em um caimento que alcança os médios com alguma coloração nas vozes masculinas. Os graves são levantados até chegar aos médios, não há bass-bleed significativo, o driver dinâmico tem velocidade adequada e boa capacidade técnica para um KZ. Mesmo com alta presença no som, o fone permanece articulado, sem artefatos ou vazamento para os médios na maioria das músicas. Há sim, casos onde isso acontece e o som perde em controle e definição, mas isso é de certa forma esperado, e ocorre pontualmente, em casos de estresse. Os graves deixam o som com um aspecto bem warm, musical, e marcam bem a assinatura do fone. São eles que conferem toda dinâmica e aspecto físico do som que tornam o ZS7 tão viciante. Todo esse lado positivo tem uma consequência, que é o fato da apresentação poder soar mais “suja” pelos graves em algumas passagens.

Os médios têm bom timbre e resolução, a parte mais grave da sessão dos médios é levantada pelos graves, e a parte mais aguda é levantada pela curva que se levanta até chegar aos médios-agudos. Isso ocorre sem que as vozes ou os instrumentos se descaracterizem de forma explicita, os médios são recuados no mix tanto pelo balanço tonal quanto pela espacialidade, mas ainda preservam uma ótima capacidade de renderizar os detalhes e emoções nas vozes, guitarras, e instrumentos de forma geral. É um dos melhores médios que ouvi em fones chineses híbridos abaixo de 50$, perdendo talvez somente pata o BQEYZ KB1, que tem graves mais limpos, contidos, e que deixam o caminho mais livre para os médios brilharem mais.

Não percebo nenhum sinal de sibilância com o ZS7 e também não vi esse problema ser levantado por ninguém. Os médio-agudos são destacados, resultando na parte alta da segunda ponta do V, que é seguida de um roll-ff progressivo nos agudos. Eu estou acostumado com assinaturas agressivas nos médios agudos e o ZS7 está muito longe de me causar qualquer problema ou se caracterizar como um caso que eu julgaria digno de aviso. Essa parte da assinatura é responsável por dar o tempero, o gostinho, nos detalhes da música, no ZS7 essa parte se complementa muito bem com os graves levantados e fecha o pacote do som divertido do IEM. Os agudos que se seguem são bons, não são a última palavra em coerência e definição como um Tin Audio T2 mas isso é algo muito difícil de se encontrar até mesmo em fones mais caros. Os agudos estão um pouquinho atrás dos médio agudos como é de se esperar. Os pratos de bateria aparecem bem na mix, sem soar nem ríspidos nem apagados. São um dos agudos mais controlados e conservadores da KZ, com um ataque, caimento e definição adequados.

COMPARAÇÔES
Face off

KZ ZS7 x KZ ZSN

O ZS7 tem significativamente mais presença nos subgraves, os médio-graves são também mais acentuados. Os médios nos dois fones são igualmente recuados, a parte mais grave dos médios tem mais peso na apresentação do ZS7, o que o torna relativamente mais quente. Os agudos nos dois fones são bem parecidos em termos de detalhes, ataque e caimento, com um tiquinho a mais de textura no ZS7. Entranto, o ZS7 por ter mais peso no som deixa os agudos um pouco mais atrás na apresentação. O ZS7 é um fone significativamente mais quente, dinâmico, e vivo do que o ZSN, que de maneira geral, tem um som mais leve e menos articulado. O balanço tonal do ZSN até chega a soar mais neutro, mas o melhor fone para os meus ouvidos, com boa vantagem, é o ZS7.

KZ ZS7 x AS06

O KZ AS06 é mais ergonômico, tendo simultaneamente melhor cabo isolamento do que o ZS7. Os graves do KZ AS06 têm menos extensão, com menos força e competência nos subgraves. O foco do AS06 fica centrado nos médio-graves, onde os dois fones partilham um bom desempenho, sendo o ZS7 o mais controlado. Os médios do ZS7 soam mais naturais e com menos tendência a sibilância, por uma pequena margem. Os agudos no AS06 são ligeiramente mais à frente do que no ZS7, onde soam um pouco apagados. No geral o ZS7 oferece um desempenho melhor, perdendo no design e usabilidade. O ZS7 tem um palco sonoro mais amplo e dinâmico do que o AS06, que é consideravelmente fechado.

KZ ZS7 x BQEYZ KB1

O BQEYZ KB1 é um fone que partilha semelhanças e diferenças bem marcantes com relação ao ZS7. Eu o considero um dos melhores chineses híbridos abaixo de 50$ que já pude ouvir, deixando o TRN v80 e Revonext QT2 para trás. O ZS7 tem o grave consideravelmente mais presente, com maior impacto e arrasto. Os médios e médio agudos tem um perfil parecido nos dois fones. O foco fica nos médios agudos para dar brilho as vozes, sem chegar a sibilância nos dois casos. O ZS7 tem médios agudos mais vivos e mais peso nos graves do que o BQEYZ, é mais em V. O BQEYZ é mais balanceado nesse aspecto, mas soando um pouco mais brilhante. O ZS7 agrada os mais ávidos por um som divertido com massiva atividade nos graves sem que se perca o controle. O BQEYZ vindo da perspectiva do ZS7 soa um pouco mais magro e menos expansivo, o ZS7 vindo da perspectiva do BQEYZ soa um pouco mais sujo em algumas músicas e mais dinâmico em outras.


CONCLUSÃO

De forma geral o ZS7 é um fone quente que contém energia suficiente na parte de cima do espectro sonoro para soar ao mesmo tempo energético e divertido, no meio disso o médio tem presença o suficiente para não serem esmagados e garantem que o som mantenha uma boa coerência. O palco sonoro é amplo, profundo, com uma boa capacidade de posicionamento. Resumidamente é um ótimo fone em V, com capacidade técnica acima da média para a KZ e facilmente o seu melhor fone que pude oportunidade de pôr nos ouvidos. Os graves são gordos são a cereja do bolo e eu não teria muitas reservas em classificar esse fone como um excelente fone para Bassheads. Não tanto pela quantidade de graves, mas pela forma com que os graves se integram ao som e pela qualidade que o pacote final preserva. O ZS7 soa grande, vivo, físico, articulado e dinâmico, de ponta a ponta. Os contras podem residir nos dois extremos do V, o grave em alguns momentos pode parecer grandioso demais e se tornar enfadonho e/ou perder a compostura em passagens mais complexas. Da mesma forma, os médio-agudos podem soar muito vivos para alguns, para mim eles estão dentro do padrão dos fones em V, não chegando nem perto de serem um problema. Com o ZS7, a KZ parece ter mantido seu lugar no mercado de híbridos, uma boa pedida.

Review: KZ ZS7 - É grave que você quer?

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PREÂMBULO

Durante muito tempo a KZ reinou absoluta no mundo dos fones híbridos de baixíssimo custo. Nenhuma outra marca havia alcançado seu nível de popularidade fora das terras do sol nascente. No brasil, ela se tornara mais do que relativamente popular, seu nome estava sendo aventado pelos quatro cantos do brasil por músicos amadores e profissionais como a “marca que traz a mesma qualidade de som por um preço muito mais baixo”.

Mundo a fora o quadro não é muito diferente, apesar disso, não tardou muito para que diversas outras marcas chinesas também emergissem do submundo do TAOBAO e se impusessem como nomes também reconhecidos pela comunidade de chi-fi. TRN, BQEYZ, SENFER, REVONEXT, são só alguns dos nomes mais comuns.

Os fones híbridos de múltiplas armaduras balanceadas foram o carro chefe da KZ durante algum tempo, desde o ZS6, no entanto, surgiram algumas iterações que atrapalharam seu estado de concorrência imperfeita. As marcas passaram a disputar o dinheiro do fã de fones chineses de baixo custo de forma acirrada. A sensação geral era de que a KZ havia ficado um pouco para trás, uma vez que o seu carro chefe (ZS6) dividia opiniões de forma radical por conta de agudos muitíssimo ativos.

Com o ZS10pro e ZS7, lançados logo após a KZ se aventurar com fones munidos unicamente de armaduras balanceadas (AS10, AS06), a marca chinesa parece querer se recuperar de seu déficit no mercado dos híbridos. Será que consegue?

ZS7 com o cabo de meu Ikko OH1, não é que combinou?

DISCLAIMER:

Esse fone me foi enviado pela AK AUDIO STORE pelo preço reduzido de 10$ a fim desse review. As opiniões aqui expressadas são inteiramente minhas e isentas de influência externa. De qualquer forma, te convido a ser crítico e também a procurar outras análises para formar melhor sua opinião.


UNBOXING E CONTEÚDO


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Imagem kibada de primeaudio.com
            A KZ atualmente adota dois modelos de embalagem que parecem separar sua linha de produtos e forma com que ela os organiza. O ZS7 é protegido por uma caixa retangular de papelão preto com a abertura no estilo de um livro, preenchida de espuma e acompanhada por uma plaqueta de espuma e metal – Bastante inútil if you ask me. Essa parece ser a versão premium das embalagens da KZ e é a embalagem que acompanha o ZS7. Outros modelos como o ZSN e até mesmo ZS10pro, chegam em uma embalagem branca muito mais simples. Curioso. Ao abrir a embalagem você logo se vê diante do ZS7, suspendendo o inserção de espuma revelam-se os outros conteúdos.

Na caixa do ZS7 você encontra.
  • - Cabo 2 pin de 00.78mm
  • - Três pares de ponteiras tipo “starline”.
  • - Literatura e comprovante do controle de qualidade
E só.

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Pacote que você recebe em casa.
Foto por: Loja Music Arrival
DESIGN, CONSTRUÇÃO

O ZS7 segue o famigerado design de seus antecessores. Dessa vez com uma combinação de cores única e de bastante bom gosto, o ZS7 chega com o acabamento em preto e azul com a configuração dos drivers inscrita em cada unidade. O corpo do fone tem aberturas que pretendem imitar o design de um fone open-back mas seus efeitos se resumem a estética. O bocal do fone é terminado em uma grade de boa qualidade e que não parece criar problemas com higiene ou entupimento por suor ou qualquer coisa do tipo.

A construção não deixa qualquer rebarba, tem um peso consideravel e passa uma clara sensação de robustez na mão. O fone parece ser resistente a algumas pancadas. O design e construção chama atenção de terceiros, ouvi de um colega que os fones parecem ter saído de um filme de ficção científica. Pontos para a Campfire Audio por ter desenhado o Andromeda que a KZ copiou descaradamente. O encaixe do fone não é problemático, a inserção não é tão profunda quanto um AS06 mas também não é superficial como um Senfer DT6 ou Tin Audio T2. O peso do fone não chega a incomodar no ouvido e os recortes do metal do fone não atrapalham a ergonomia tanto quanto aparentam.

Os cabos são removíveis, o que é com certeza um ponto positivo, mas eles também são uma espécie de decepção, e aqui reside a minha única crítica ao fone. Se têm uma coisa que eu odeio nessa vida, são Earhooks moldáveis, e é exatamente esse tipo de Earhook que acompanha o ZS7. Sabe aquela peça que molda o fio a passar por detrás do ouvido? Essas são as earhooks. Existem a pré-formadas que tem um formato fixo e maleável, que pressiona levemente por detrás do ouvido e mantem o fone seguro. Elas também são melhores para se guardar o cabo e o fone. A KZ têm aplicado esse modelo no AS06, AS10, ZSN, ZSNpro, ZS10 pro e outros. O ZS7 infelizmente acompanha uma earhook com um arame interno que é moldável ao gosto do usuário. Eu considero esse modelo menos ergonômico, podendo até atrapalhar o encaixe em alguns casos. Não é o fim do mundo, mas é uma pena. O fio do cabo é regular, segue o mesmo padrão de fiação que o AS06, ZS10 e ZS10 pro, o cabo é flexível, tem conector em formato de L e é bastante resistente. Eu considero o cabo do ZSN, que é consideravelmente mais barato, muito superior a esse. Ponto negativo para a KZ. Felizmente o cabo é removível, os conectores são de ótima qualidade. O ZS7 aceita cabos com a terminação 2pin de 00.78mm, cabos de 00.75mm ficam folgados.

SOM E CONFIGURAÇÃO

A KZ não só mudou o design do ZS7 com relação ao ZS6, mas também seu arranjo interno. Agora são 1 driver dinâmico acompanhado de 4 armaduras balanceadas, mesmo arranjo do ZS10 e ZS10pro. Para fazer o trabalho de separar as frequências em cada alto falante o ZS7 conta com uma placa de crossover. O fone é constituído de um driver de 10mm para os graves, uma armadura de modelo 29689 para os médios, uma 31005 para os médios-agudos, e duas 30095 para os agudos.

O resultado dessa iteração na capsula de metal é um som articulado, divertido, cheio e que não me decepciona. O ZS7 se apresentou desde o início como um fone coerente, cheio e divertido. Essas são as suas palavras chave. Seu preço está girando em torno de 35$~40$ e o desempenho geral me parece muito mais do que adequado.
Charmoso
O ZS7 aposta em sua espacialidade, profundidade e chão para animar o ouvinte. Os elementos do som se dispersam bem pelo palco sonoro mais do que generoso, que é característico dos KZ. O som tem uma profundidade destacada, que se complementa perfeitamente pelo “chão” muito físico que a apresentação traz. O ZS7 é dinâmico e ávido por atividade e sensação física. A combinação do palco sonoro com o grave muito competente e dinâmico é o que caracteriza esse fone de forma bem demarcada. O som tem uma marca bassy, articulada, espacial... e especial, rs.

Sua assinatura sonora é entre um V e um U shape, com a extremidade dos graves com excelente extensão, e os agudos com um roll-off gentil e suave. O som começa no subgrave com extrema vitalidade, os graves continuam desenvoltos até chegar aos médio-graves, ainda levantados em um caimento que alcança os médios com alguma coloração nas vozes masculinas. Os graves são levantados até chegar aos médios, não há bass-bleed significativo, o driver dinâmico tem velocidade adequada e boa capacidade técnica para um KZ. Mesmo com alta presença no som, o fone permanece articulado, sem artefatos ou vazamento para os médios na maioria das músicas. Há sim, casos onde isso acontece e o som perde em controle e definição, mas isso é de certa forma esperado, e ocorre pontualmente, em casos de estresse. Os graves deixam o som com um aspecto bem warm, musical, e marcam bem a assinatura do fone. São eles que conferem toda dinâmica e aspecto físico do som que tornam o ZS7 tão viciante. Todo esse lado positivo tem uma consequência, que é o fato da apresentação poder soar mais “suja” pelos graves em algumas passagens.

Os médios têm bom timbre e resolução, a parte mais grave da sessão dos médios é levantada pelos graves, e a parte mais aguda é levantada pela curva que se levanta até chegar aos médios-agudos. Isso ocorre sem que as vozes ou os instrumentos se descaracterizem de forma explicita, os médios são recuados no mix tanto pelo balanço tonal quanto pela espacialidade, mas ainda preservam uma ótima capacidade de renderizar os detalhes e emoções nas vozes, guitarras, e instrumentos de forma geral. É um dos melhores médios que ouvi em fones chineses híbridos abaixo de 50$, perdendo talvez somente pata o BQEYZ KB1, que tem graves mais limpos, contidos, e que deixam o caminho mais livre para os médios brilharem mais.

Não percebo nenhum sinal de sibilância com o ZS7 e também não vi esse problema ser levantado por ninguém. Os médio-agudos são destacados, resultando na parte alta da segunda ponta do V, que é seguida de um roll-ff progressivo nos agudos. Eu estou acostumado com assinaturas agressivas nos médios agudos e o ZS7 está muito longe de me causar qualquer problema ou se caracterizar como um caso que eu julgaria digno de aviso. Essa parte da assinatura é responsável por dar o tempero, o gostinho, nos detalhes da música, no ZS7 essa parte se complementa muito bem com os graves levantados e fecha o pacote do som divertido do IEM. Os agudos que se seguem são bons, não são a última palavra em coerência e definição como um Tin Audio T2 mas isso é algo muito difícil de se encontrar até mesmo em fones mais caros. Os agudos estão um pouquinho atrás dos médio agudos como é de se esperar. Os pratos de bateria aparecem bem na mix, sem soar nem ríspidos nem apagados. São um dos agudos mais controlados e conservadores da KZ, com um ataque, caimento e definição adequados.

COMPARAÇÔES
Face off

KZ ZS7 x KZ ZSN

O ZS7 tem significativamente mais presença nos subgraves, os médio-graves são também mais acentuados. Os médios nos dois fones são igualmente recuados, a parte mais grave dos médios tem mais peso na apresentação do ZS7, o que o torna relativamente mais quente. Os agudos nos dois fones são bem parecidos em termos de detalhes, ataque e caimento, com um tiquinho a mais de textura no ZS7. Entranto, o ZS7 por ter mais peso no som deixa os agudos um pouco mais atrás na apresentação. O ZS7 é um fone significativamente mais quente, dinâmico, e vivo do que o ZSN, que de maneira geral, tem um som mais leve e menos articulado. O balanço tonal do ZSN até chega a soar mais neutro, mas o melhor fone para os meus ouvidos, com boa vantagem, é o ZS7.

KZ ZS7 x AS06

O KZ AS06 é mais ergonômico, tendo simultaneamente melhor cabo isolamento do que o ZS7. Os graves do KZ AS06 têm menos extensão, com menos força e competência nos subgraves. O foco do AS06 fica centrado nos médio-graves, onde os dois fones partilham um bom desempenho, sendo o ZS7 o mais controlado. Os médios do ZS7 soam mais naturais e com menos tendência a sibilância, por uma pequena margem. Os agudos no AS06 são ligeiramente mais à frente do que no ZS7, onde soam um pouco apagados. No geral o ZS7 oferece um desempenho melhor, perdendo no design e usabilidade. O ZS7 tem um palco sonoro mais amplo e dinâmico do que o AS06, que é consideravelmente fechado.

KZ ZS7 x BQEYZ KB1

O BQEYZ KB1 é um fone que partilha semelhanças e diferenças bem marcantes com relação ao ZS7. Eu o considero um dos melhores chineses híbridos abaixo de 50$ que já pude ouvir, deixando o TRN v80 e Revonext QT2 para trás. O ZS7 tem o grave consideravelmente mais presente, com maior impacto e arrasto. Os médios e médio agudos tem um perfil parecido nos dois fones. O foco fica nos médios agudos para dar brilho as vozes, sem chegar a sibilância nos dois casos. O ZS7 tem médios agudos mais vivos e mais peso nos graves do que o BQEYZ, é mais em V. O BQEYZ é mais balanceado nesse aspecto, mas soando um pouco mais brilhante. O ZS7 agrada os mais ávidos por um som divertido com massiva atividade nos graves sem que se perca o controle. O BQEYZ vindo da perspectiva do ZS7 soa um pouco mais magro e menos expansivo, o ZS7 vindo da perspectiva do BQEYZ soa um pouco mais sujo em algumas músicas e mais dinâmico em outras.


CONCLUSÃO

De forma geral o ZS7 é um fone quente que contém energia suficiente na parte de cima do espectro sonoro para soar ao mesmo tempo energético e divertido, no meio disso o médio tem presença o suficiente para não serem esmagados e garantem que o som mantenha uma boa coerência. O palco sonoro é amplo, profundo, com uma boa capacidade de posicionamento. Resumidamente é um ótimo fone em V, com capacidade técnica acima da média para a KZ e facilmente o seu melhor fone que pude oportunidade de pôr nos ouvidos. Os graves são gordos são a cereja do bolo e eu não teria muitas reservas em classificar esse fone como um excelente fone para Bassheads. Não tanto pela quantidade de graves, mas pela forma com que os graves se integram ao som e pela qualidade que o pacote final preserva. O ZS7 soa grande, vivo, físico, articulado e dinâmico, de ponta a ponta. Os contras podem residir nos dois extremos do V, o grave em alguns momentos pode parecer grandioso demais e se tornar enfadonho e/ou perder a compostura em passagens mais complexas. Da mesma forma, os médio-agudos podem soar muito vivos para alguns, para mim eles estão dentro do padrão dos fones em V, não chegando nem perto de serem um problema. Com o ZS7, a KZ parece ter mantido seu lugar no mercado de híbridos, uma boa pedida.

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